Digam-me se não parecem dois lados da mesma história:
Adeus Você
Adeus Você
Eu hoje vou pro lado de lá
Estou levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta e não pensa que eu fui
Por não te amar
Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui
Por não te Amar
Quero ver você maior
Meu bem
Pra que minha vida siga adiante
Adeus você
Não venha mais me negacear
Seu choro não me faz desistir
Seu riso não me faz reclinar
Acalma esta tormenta e se agüenta
Que eu vou pro meu lugar
É bom as vezes se perder
Sem ter por que, sem ter razão
É um dom saber envaidecer, por si
Saber mudar de tom,
Quero não saber de cor
também
Pra que minha vida siga adiante
(Marcelo Camelo)
Olhos Nos Olhos
Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
‘Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz
(Chico Buarque)
Putz, acho que si.
Hum…”Atrás da Porta” também caberia aí…
Parece sim, mas a música do Chico é muito mais bonita!
Verdade, Nice. Mas aí seria apenas triste, mais nada.
marco, leio seu blog há um tempo e raramente comento porque às vezes penso ser desnecessário. às vezes porque não tenho nada a ver com o que está escrito, outras porque o texto é tão bom e limpinho, ou engraçado, ou bonito, que não tem o que acrescentar.
mas me permita fazer uma crítica: está ficando muito chata, chatíssima, essa situação que muitos blogs estão criando para dizer que o marcelo copia o chico… penso que referencias são naturais e muita coisa vem auomaticamente. trabalhos autorais são assim, algumas referências não são conscientes, propositais. faz parte do que já se ouviu (para os compositores), do que já se leu (para os escritores), é natural…
um beijo.
outra coisa: se é pra falar de referência clara, em literatura, podemos dizer que os novos escritores que aí estão postos (citando principalmente Clarah Averbuck, Mirisolna, a chata da Fernanda Young e outros) não têm nada de novo a dizer. ou têm, mas não sabem como, e acabam usando uma forma comum entre seus “antecessores”. isso não significa, é claro, que sejam obrigatoriamente ruins. Averbuck já fez coisas muito boas. o mesmo não posso dizer dos outros dois.
é isso de novo. beijo de novo.
“Olhos nos olhos” é muito triste- uma mulher que ainda ama tanto o cara que a abandonou que quer jogar na cara dele que ele não soube amá-la (em todos os sentidos, não só sexual), precisa mostrar que está bem porque sabe que ele não a quer mais, e, ao meu ver, não tem nada mais triste do que ter que dizer isso a alguém.
Prefiro não dizer nada, ou reconhecer que ainda amo, como em “Atrás da Porta”.
Marco, você estava comparando os dois como diz a brusk? Não foi essa a minha leitura.
marco, vamos lá. me perdoe. eu devo ter estado doida ontem.
li os dois posts de forma errada.
beijos,
Acho que não foi uma comparação, a música do Chico é 1 Zilhão de vezes mais criativa, original, bonita, cremosa, legal, supimpa, etc…
“Quero ver como suporta me ver tão feliz”, sem comentários… só de ter escrito essa frase, e do jeito da Maria Bethânia dizê-la, já mata a pau.