Pois é. O Panda veio me falar isso e não acreditei. Mas parece que é verdade mesmo, tá aqui.O presidente diz que apoiará Lula caso a disputa no segundo turno seja entre ele e Ciro Gomes.
O que mais me chama atenção, no entanto, é um outro aspecto: As declarações de FHC nesse episódio dão a impressão de que, findo seu mandato, ele vai nos devolver aquele sociólogo, qual era mesmo o nome dele? Fernando Henrique Cardoso, não? Pois é… Ele fala que Ciro Gomes representa forças retrógradas, e aproveita para demonizar (!) Antônio Carlos Magalhães que, não nos esqueçamos, foi um dos principais pilares de sustentação da maior parte da era FHC.
O PT, por outro lado, mostra maturidade ao reagir com simpatia a um possível futuro apoio do presidente. O partido percebe que tal declaração de Fernando Henrique serve para diminuir o medinho das elites. Esse tipo de pragmatismo é louvável, ao contrário da estúpida aliança com o PL.
Ciro Gomes chora porque FHC espalhou que ele estava apaixonado pela Patrícia Pillar, antes que o romance dos dois se tornasse público. Não é lindo? Do outro lado, o presidente diz que Ciro tem todos os defeitos de José Serra e nenhuma das qualidades: É arrogante e prepotente, e não tem o brilho intelectual, a experiência nem o conhecimento da máquina que o tucano teria. Sou só eu, ou vocês também acham que nessa história FHC chamou Serra de arrogante e prepotente? Que legal!
De uma forma ou de outra, Ciro Gomes é mesmo um imbecil, mas será diversão garantida nos debates entre os candidatos. Depois que o Mário Covas morreu esses debates ficaram muito chatos…
Ah, e parece que o Garotinho vai retirar a candidatura! Taí uma boa notícia. É impressionante como há gente no Brasil que leva esse cara a sério. Se sua desistência se concretizar, e as declarações de FHC enfraquecerem mesmo a candidatura de Ciro Gomes (o que, não tenho dúvidas, é a intenção do presidente, muito mais do que demonstrar simpatia pelo petista), ao menos teremos uma disputa entre candidatos sérios. Garotinho e Ciro Gomes são populistas e meio malucos, e devem ser contados entre os políticos folclóricos, como Jânio Quadros e Fernando Collor.