A praga da peste

Hehehe, praga da peste é legal…
— J-J-Javé, a-acho me-melhor a g-gente de-desistir.
— DESISTIR??? Tá doido, Moisés? Eu sou é deus, tá me ouvindo? Deus!
— M-mas v-vo-você já f-fez de t-tudo pra f-f-fo-foder c-com a v-vida do F-Fa-Faraó, e e-ele n-nem a-a-assim se co-convenceu.
— Pois é, esse Faraó é cabeça dura. Só que eu ainda não dei prejuízo de verdade a ele. Mas agora ele vai ver o que é bom. Vou mandar uma peste para atacar a terra do Egito, uma doença que vai acabar com todo o gado. Agora eu quero ver esse Faraó continuar teimando…
— P-pô, vai ma-matar os p-pobres dos b-bi-bichos, q-que não t-têm na-nada c-c-c-om i-isso?
— Vou, ué. O rebanho dos hebreus vai escapar ileso, mas os egípcios vão ficar sem gado nenhum.
— T-ta-tadinhos dos a-a-animais…
— Ah, Moisés, me poupe. Já fiz coisa muito pior. Bom, é isso. Amanhã a peste vai começar a atacar os animais. Todos: ovelhas, cabras, bois, camelos, jumentos. Vai ser uma beleza, carcaças por todo lado.
C-ca-carniceiro
— O que cê disse?
— N-na-nada.

* * *

No dia seguinte as notícias que chegavam ao Faraó eram horríveis. Animais mortos por todos os lados. Trabalho atrasado. Prejuízos incalculáveis.
— Porra, será que é mais uma daqueles hebreus? Nem vi a fuça deles depois das moscas… Mandem alguém até Gósen para ver se os animais dos hebreus também estão morrendo.
Os mensageiros voltaram trazendo más novas: Os rebanhos dos escravos estavam saudáveis.
— Filhos da puta… Tudo bem, não há de ser nada. Não vai ser com essa que vão me convencer. Agora já é questão de honra.

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