Li isso aqui e logo lembrei disso aqui. Como não entendo nada de economia, pergunto aos mais espertos do que eu: qual a diferença entre esse lesco-lesco que aconteceu nos EUA e a euforia do consumo da baixa renda no Brasil? Só minhas narinas sentem o fedor desse negócio de financiar carro em 72 vezes e apartamento em 300 vezes?
Temos sorte, mas nem tanto, com a evasão de dinheiro do mercado de investimento, o crédito vai cair e se, bata na madeira 3 x, os juros básicos do Brasil, subirem pra perto da casa dos 15% ao ano isso aqui vai ver um estouro de bolha igual ao de lá. Aí segura o próximo presidente.
O nome é “bolha”.
Aguarde para breve momentos emocionantes.
Meu amigo, a diferença é o lastro do crédito.
Sendo um país de malandros, as empresas daqui do Bananão não são nem um pouco bobas: trabalham com garantias mais sólidas. E o governo criou há tempos mecanismos que permitem sujar o nome do infeliz, como protestos, execuções, etc.
Recentemente até a recuperação de imóveis é possível. Antes era “bem de família”, agora é recuperável como um carro que você compra e não consegue bancar.
A diferença é que num país rico, não se esperava toda essa inadimplência. O mundo inteiro caiu na lorota de que americanos não atrasam contas e deu no que deu hoje: mais um quebra-quebra nas bolsas.
[]!
Repara que se você clicar no link, vai cair numa música diferente dessa que você provavelmente se lembrou… erro do site do Chico Buarque que manda sempre pro Malandro nº2…
Opa, vim aqui para dizer mais ou menos o que o Giggio deixou registrado.
É bem por ai, mesmo. E acrescento que no lastro, está também a comprovação da capacidade de pagamento. Ou seja, se seu hollerith não confirmar renda, nequinha de crédito.
O subprime de lá, chegou ao ponto de ser apenas um nome e um número do seguro social (o CPF deles lá…) para fazer papél em cima e fazer dinheiro depois.
Jogatina financeira pura!
O problema e que os EUA vivem de fantasia, normalmente o PIB de um pais vem de suas fabricas e plantações, porem os EUA sendo um bando de obesos cronicos e preguiçosos preferiram fazer dinheiro, com bancos, franquias, filmes, softwares, etc…… Sendo assim passaram todas as suas fabricas para paises de 3 mundo como a india, a china e o brasil, e resolveram que a idea de trabalho nacional era senta numa cadera e manda nos outros, porem isso não gera economia real, isso gera economia especulativa( pq depende da especulãção da hora, mercado instavel), representando 77% da economia nacional, o PIB real americano(tirando o setor terceario) e de 3.047.500.000 de dolares americanos, dos 13 trilhões do total do PIB, ou seja, eles pegam 3 trilhões em produtos, colocam nomes como Microsoft, o Paramount, ou Macdonalds e na fantasia criam 10 trilhões, so que a mentira ta caindo, e esse 10 trilhões de fantasias que são a base da economia estão começando a diminuir, por exemplo: todo mundo achava que a AIG era uma otima compania por ser americana, mas depois que viram como ela realmente e, caiu mais do que pela metade, e assim, a economia americana vai cai, porem eles tem a carta coringa na manga que e o Fort Knox, a maior reserva de ouro americana, que junto de todas as outras compõe quase um terço de todo o ouro do mundo, do qual 78% pertence ao governo, em geral, agente so tem a ganha com essa crise americana, se ela for pra frente, vai te um tempo de pindaiba, mas logo depois aqueles 10 trilhões vão ser investidos em outros lugares…. como o Brasil, China e India, que produzem muito mais que ordems e filmes.
Carro em 72 x é jogar dinheiro fora.
Depois de 1 ano de uso o carro vale 80% do preço e o manezão pagando os juros…
Apartamento pelo menos valoriza, disse o Senhor Ingênuo.
Eu não tenho é coragem de fazer uma dívida de 72 meses , muita coisa pode acontecer nesse tempo. Para esse tipo de coisa eu sou igual a Regina Duarte, ” eu tenho medo “.
Pois é… acho que a diferença é que o Lula disse que a gente não vai se dar mal.
Cara, espero estar enganada mas, acho que logo logo a bolha vai estourar por aqui também…
O Banco tem direito a busca e apreensão do carro – é só o mané atrasar.
O apartamento vai a leilão extrajudicial – nem precisa de processo judicial para tomar o imóvel do otário devedor
O melhor é ter apenas o que se possa carregar nas costas em uma fuga rápida. Essas posses podem perfeitamente ser pagas à vista.
Já circula pela internet uma piada sobre a crise americana. É uma tentativa bem-humorada de explicar a turbulência para os leigos. É assim: “O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça ‘na caderneta’ aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito). O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de MBA, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia. Uns seis executivos de bancos mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer. Esses adicionais instrumentos financeiros alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ). Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países. Até que alguém descobre que os bebuns da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, o Bar do seu Biu vai à falência e… toda a cadeia de espertos dança!”
E como essas operações da piada do Ivo não constam no balanço das empresas, as operações alavancadas, como se diz, não se sabe ao certo quanto desses créditos podres, que não serão pagos jamais, estão rodando por aí.
Os bancos brasileiros possuem muito pouca operação alavancada, com todos os ativos constando no balanço financeiro. Outra diferença, é que uma mesma casa nos EUA podia ser refinanciada milhões de vezes, enquanto aqui não, o que também protege os bancos.
Fora isso, o maior problema atualmente pro Brasil é a falta de dinheiro em circulação, principalmente nos mercados do exterior, o que causa a chamada falta de liquidez.
O que os bancos estão fazendo para se proteger de uma possível entrada da crise é reduzindo prazos de financiamento e sendo mais rigorosos na hora de analisar o cliente que tá pedindo o crédito.
Outro grande risco pro Brasil é caso apareça um ciclo de desemprego. Atualmente, o que sustenta o aumento do crédito aqui é o aumento da massa de empregos e da renda.
OFFTOPIC – Olha que legal esse estudo: http://meiobit.pop.com.br/meio-bit/miscelaneas/e-a-biblia-mas-parece-ficcao-cientifica
A diferença é que os bancos no Brasil não tiveram tempo de repassar para os outros bancos os créditos que eles não vão receber.
E aqui, ao contrário de lá, o governo é bem mais ligeiro na ajuda aos banqueiros, caso aconteça alguma coisa.
No Brasil o sistema de crédito é todo diferente. Já recebi explicação disso nas aulas de economia, mas ainda ta foda de repassar. O ponto é que aqui uma parte do que é depositado por alguém (numa poupança, conta corrente etc.) é tomada pelo governo, parte para o banco central e outra parte para investimentos como casa própria. Se não me engano, nos EUA isso não ocorre e os bancos acabam podendo emprestar 100% do dinheiro dos clientes. Aí com crise finaneceira, não tinha como pagar. Tá, é bem mais complexo que isso, mas o lance é por aí.
Tem outra coisa: esse lance de comprar em mil vezes é um risco baixo para os bancos, porque nossos juros são muitíssimo altos e os bancos daqui podem cobrar taxas mais a vontade do que lá. Assim, a taxa de inadimplência já é prevista e outras pessoas pagam pelas que são inadimplentes. Então se você comprar um carro financiado, estará pagando para o banco por todo mundo que não paga, entende? O lucro geral já cobre a inadimplência.
E tem a crise do setor imobiliário, que foi uma puta burrice deles. Tipo, imagina que uma pessoa fazia uma hipoteca no valor de 200 mil. Então o cara vai morar na casa e fica com a dívida de 200 mil. Acontece que o imóvel valoriza e a casa passa a valer 300 mil. Seria vantajoso para o devedor vender a casa, pagar os 200 pro banco e ainda ficar com 100, certo? Então a valorização constante do mercado imobiliário passou a criar uma possibilidade de especulação que poderia ser ruim para o banco.
Então o próprio banco passou a pagar as valorizações. Se seu imóvel valia 200 e agora vale 300, o banco te dá 100. Agora você deve 300 mil para o banco, que é o valor da sua hipoteca. Só que aí o imóvel valorizava de novo para 400 e o banco te dava mais 100. Foi assim até que um dia o tal boom do mercado imobiliário parou. Parou e retrocedeu. Os preços começaram a cair muito, muito mesmo. Aí o cara tinha uma casa que valia 200 mil, mas uma dívida de 800 mil com o banco.
Acontece que nos EUA quando não se paga a hipoteca, o banco toma sua casa. Assim, a dívida de alguém que perdeu a casa está paga. Então todo mundo parou de pagar hipoteca e deixou o banco tomar as casas. O banco então emprestou 800 mil e estava ficando com uma casa de 200 mil em troca da dívida.
Aí alguém se tocou de que o dinheiro no banco pertence, na verdade, às pessoas que depositaram lá. E esse alguém sacou que o banco não ia ter grana pra pagar tudo nas contas de todos. Então o povo começou a sacar dinheiro, até o banco realmente não ter como cobrir mais e quebrar. Foi assim, eu acho, que quebraram as grades financiadoras imobiliárias.
Ta, a história está bem mal explicada, mas o espírito da coisa está aí. Eu faço curso de adm na PUC-SP (primeiro ano ainda) e meus professores de economia, até o momento, não prevêem uma crise muito grande por aqui, não… O problema maior vai ser os EUA parando de comprar, pelas exportações e taus.
Enfim, aquele abraço!