Em fevereiro de 2002 a Bárbara me mandou um e-mail. Havia algum tempo que não nos falávamos, então estranhei um pouco. E mais estranho ainda achei quando vi que o e-mail era sobre algo que eu desconhecia: alguma coisa chamada blog. Ela tinha feito lá um blog (fosse o que fosse aquilo), e estava divulgando para alguns amigos.
Entrei na URL indicada e a princípio não entendi nada. Era um site pessoal, mas com textos que se empilhavam. E pior: empilhavam-se em ordem cronológica inversa. Que o que estava escrito era de excelente qualidade eu já sabia antes mesmo de clicar no link: conhecia muito bem o talento de minha ex-namorada. Então disse a ela que havia gostado, mesmo sem entender direito que negócio era aquele de blog.
— É legal. Você deveria fazer um.
— Não deveria não.
— DEVERIA SIM!
— Eu nem sei HTML, Bárbara.
— Não precisa! Tem tudo pronto lá!
— E que porra eu vou escrever?
— Ué, você sempre escreveu. Que que custa?
— Bah.
Eu costumo dizer que ela insistiu muito, mas é só para fazer charme. Na verdade ela só me deu a idéia, e depois mencionou o assunto de passagem uma ou duas vezes. Uma semana depois, entrei no site do Blogger, disposto a criar meu próprio negócio-de-nome-esquisito (eu demorei algum tempo para descobrir que o nome vinha de weblog, que faz muito mais sentido). Primeiro obstáculo: o Blogger pedia que eu desse um nome para meu diário virtual. Eu sempre fui péssimo para nomes. Mas acontece que eu estava com uma mania um tanto irritante de exclamar “Jesus, me chicoteia!” a torto e a direito, por influência de uma colega de trabalho. Dei esse nome, portanto, e segui em frente. Escolhi o template que me pareceu menos pior, estalei os dedos e…
— E aí, Bárbara? Que eu faço agora?
— Agora você escreve, ué.
— Ah. E depois?
Ela me explicou a coisa toda, e daí surgiu meu primeiro post, onde eu já deixava claro:
E por que eu estou dizendo isso, se não é aniversário do JMC nem nada? Explico: depois de um tempão, Bárbara resolveu ressuscitar o seu Modo de Usar, agora com um dos novos templates do Blogger e com comentários. Estou feliz: o pai do meu blog voltou pra casa.
Vou visitar o blog dela só pra agradecer 🙂
Tava pensando comigo aqui. Qual seria a origem da palavra mequetrefe? Soa sonora… e eu num ouvia a seculos. De onde será q saiu? Alguém ae sabe?
Bendita sejais tu, oh Barbara.. Dessa vez não fui a primeira, mas peguei vc e o nosso amigo Ulyman na curva.. hehehe.. Beijinho.
to sempre aqui lendo o que vc escreve.
“E vê se presta mais atenção da próxima vez. HUMPF!”
esqueço sempre.
+ um beijo de boa noite pra ti.
Marco,
Conhecia vcs dois de nome ai pela net… achei o caminho para a Babilonia através do Orkut.
Bendito seja… eu descobri um pouco antes (2001) e ainda sobrevivivo, aos trancos e barrancos
Abraços
Marco,
A Bárbara hoje é lésbica???
Me desculpe, se ofendi mas é que ela escreveu um post sobre cromossomos e feministas e tal…
Oh, dúvida cruel!!!!
Marco,
A Bárbara hoje é lésbica???
Me desculpe, se ofendi mas é que ela escreveu um post sobre cromossomos e feministas e tal…
Oh, dúvida cruel!!!!