(Êxodo 34:1-28)
Ah, seus fariseus malditos! Acharam que a história tinha acabado, né? Até o Moisés achou, acabou dormindo, o velho safado. Mas eis que o telefone tocou.
— A-Alô?!
— CARALHO, MOISÉS! ACORDA, SEU FELADAPUTA!
— Hu-hum? He-hein? Ô. Fa-fala Ja-Javé.
— Porra, faz um tempão que o telefone tá tocando!
— D-desculpa, pe-peguei no so-sono.
— Cáspita. Seguinte: Corta duas tábuas de pedra aí pra eu escrever de novo os Dez Mandamentos nelas.
— Co-como é q-que eu v-vou co-cortar pe-pedra, Ja-Javé? T-tenho m-mais de o-oitenta a-anos, s-sem fe-ferramentas.
— Sei lá. Dá seus pulos. Ninguém mandou quebrar as tábuas originais.
— Pu-puta que p-pariu…
— Não chia. Nisso é que dá ficar tendo faniquitos. “Ui, um bezerro de ouro, vou quebrar tu-di-nho”. Se fodeu. E tem mais: Amanhã de manhã você vem aqui no monte Sinai que eu quero conversar com você.
— T-tá b-bom.
Então Moisés, que não era besta nem nada, mandou Josué cortar as duas tábuas de pedra e na manhã seguinte subiu o monte Sinai. Quando já estava lá em cima, deus desceu do céu numa nuvem.
— Moisés, prepare-se! Vou revelar o meu nome sagrado!
— S-sim, Ja-Javé!
— Prestenção! Meu nome sagrado é… YHWH!
— Sa-saúde.
— Hein?
— O q-quê?
— Que foi?
— Fa-fala s-seu no-nome sa-sagrado, Ja-Javé.
— Ai caralho. Meu nome sagrado é… YHWH!
— Sa-saúde.
— Saúde porra nenhuma, Moisés! Tô te falando meu nome sagrado!
— M-mas vo-você e-espirra no m-meio do ne-negócio, n-não e-entendo na-nada.
— Espirro nada! Peraí, vou anotar meu nome sagrado num papel. Olha aqui meu nome sagrado:
— Hum. E co-como se p-pronuncia i-isso?
— Ora! Pronuncia-se como se escreve! YHWH!
— I-isso é i-impronunciável, Ja-Javé! Po-posso te ch-chamar de YMCA?
— Só se for pra eu chamar Israel, O Meu Povo Escolhido de Village People. Claro que não pode me chamar de YMCA, cacete! Bah, deixa isso pra lá, me chama de Javé mesmo. E agora vamos fazer aquela presepada toda que tínhamos combinado.
— Q-que p-presepada?
— Ah, eu colocaria link aqui, mas o arquivo do blog tá todo bagunçado. Lembra do que combinamos, que eu ia botar você numa fenda na rocha, cobrir você com a mão e tirar a mão depois que passasse?
— Ah, le-lembrei! A p-presepada de mo-mostrar a b-bundinha!
— Não fode… Bom, vamos lá.
Então deus botou Moisés num buraco, cobriu com a mão e passou. Enquanto passava, ia dizendo:
— Eu sou é deus, tá sabendo? DEUS! Sou um cara legal, tenho paciência com esse bando de inúteis que é o povo de Israel! Eu sou o grande deus, que perdoa os pecados dos homens, precisando para isso de apenas alguns litros de SANGUEEEEE! E apesar de misericordioso, não tomo o culpado por inocente, e castigo até os filhos e os netos de quem me sacaneia. Que que eu tô dizendo? Castigo até a quarta geração! Eu sou foda! Sou o maioral! Lambam minhas bolas!
Então deus passou e tirou a mão, deixando que Moisés o visse pelas costas. E eis que era jeitosinha a bunda de Javé.
— Be-bela b-bunda, Ja-Javé. A-andou ma-malhando?
— Pô, Moisés, obrigado. Sabe como é, ando bastante de bicicleta…
— Pa-parabéns… Mas, d-diz aí, vo-você v-vai m-mesmo com a g-gente, né?
— Vou, Moisés. E para isso vou fazer um pacto com vocês. Um pacto com todo o povo.
— Xi, t-tá a-aprendendo com o Lu-Lula, é?
— Calaboca. O pacto é o seguinte: Eu vou fazer na frente de vocês as maiores maravilhas que já se viu. Cês vão ficar bestas. Mais bestas ainda do que já são. E o povo que mora lá em Canaã vai ficar aterrorizado com tanta coisa impressionante que eu vou fazer. E eu expulsarei todos eles de lá, para entregar a vocês aquela terra. Mas vocês têm que colaborar também: Não façam conchavos com eles, para que não sejam má influência para vocês. Pelo contrário: Vocês vão chegar lá quebrando tudo, principalmente os ídolos deles. Não quero que vocês tenham nenhum tipo de ligação com aqueles povos, não quero casamento entre vocês, nada. Esse é o pacto.
— S-só i-isso?
— Não, tem mais. Mas não vou ficar aqui falando. É tudo confirmação do que falei pra você daquela outra vez em que você ficou quarenta dias aqui. Vou mandar os detalhes para seu email. Ah, e pega esse papel aqui.
— Q-que é i-isso?
— Os Dez Mandamentos. Pode ir entalhando aí nas pedras.
— U-ué. M-mas vo-você n-não di-disse que ia e-escrever os m-mandamentos na pe-pedra?
— Hehehe. Sacaneei!
— Fi-filho da p-puta…
Então Moisés passou mais quarenta dias e quarenta noites no Sinai, em absoluto jejum, entalhando os Dez Mandamentos nas tábuas de pedra e xingando Javé.
SANGUEEEEE!
Marco, os posts bi´blicos sa˜o um melhor que o outro.
Ah, voceˆ tem backup dos posts bi´blicos que o blog perdeu, correto?
oba, post novo…. muito bom!
Vc e´ O cara!! Seus “posts bi´blicos” sa˜o espetaculares. Escreva um livro: The Holy Bible – A True Story.
Meus parabe´ns!
Jesus…. tu e´ fodah!
Salve Baiotola´h Comeni´nguem… o Senho das Punhetas, o Lorde do Anel.. perai, deus errado, foi mal.
Amem.
Caralho, Gil…
so´ voceˆ pra me fazer gargalhar a essa hora da madrugada!
HAHAHAHAHAAHAH!
Menino, queria taaaannntooo poder levar essa versa˜o pros filhos dos maus amigos que esta˜o fazendo bar mitzva…Hahahaah!
Os pobrezitos iam se divertir muuuiitooo mais!
🙂
Valeu a espera o post esta´ sensacional! A viagem te fez bem, Marco!!
Cara, Josue´ e´ uma espe´cie de officeboy do Moises!
muito dez, a biblia fica parecendo aquelas aventuras do Monthy Phyton…ou to Monthy Phyton que parece a bi´blia?
ah so´ sei que vc se supera a cada dia…parabens