Porcos

Repararam que eu tirei o bannerzinho do Lula ali da barra lateral? Então. Como vocês sabem, estou fazendo curso desde a semana passada, o último de uma série que parecia interminável. O instituto que oferece os tais cursos fica na Avenida Paulista, cartão postal de São Paulo na falta de paisagem melhor. Pois muito bem: A Paulista está imunda.

— A Paulista É imunda, Chicoteia!
Calaboca. Não falo do lixo que meus irmãos paulistanos jogam na rua, nem do saudável monóxido de carbono que respiramos. A nova sujeira, a mais ultrajante, vem da propaganda eleitoral: os postes da cidade inteira, e principalmente da Paulista, estão totalmente vestidos com cartazes e flâmulas de plástico-entope-bueiro. A cada dia, conforme o 6 de outubro se aproxima, a cidade fica mais suja: Postes, pontes, viadutos, muros, árvores, tudo serve na hora de pendurar o nome e o número do porcalhão filho da puta. E nisso todos são iguais mesmo: petistas, tucanos, peemedebistas, malufistas, comunistas, contra-burguês-vote-dezesseisistas, liberais, e até os verdes, que em tese deveriam proteger o meio-ambiente e aquela balela toda.
E depois das eleições, será que os comitês de cada candidato sairão às ruas para recolher a sujeira que fizeram? Claro que não: essa limpeza ficará a cargo dos garis da prefeitura, que já têm trabalho mais do que suficiente nessa cidade imunda. Isso sem contar que uma chuva como a da última sexta-feira se encarrega de parte do trabalho, arrastando essa sujeira toda para os bueiros. “Ah, não sei porque tem tanta enchente em São Paulo”.
Malditos candidatos. Maldita campanha eleitoral. Eu não sou porco. Meu pai me ensinou a nunca jogar lixo na rua e a dar bronca em quem o faz, e eu costumo seguir os ensinamentos do velho. Então no dia 6 de outubro, farei questão de ir até minha seção eleitoral para apertar 6 vezes BRANCO + CONFIRMA.

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