Como esse cara consegue escrever todo dia um negócio genial? Filho de uma puta!
A teoria da toupeira
No vocabulário da espionagem, ou pelo menos dos livros de espionagem, “mole”, ou toupeira, é o agente infiltrado na hierarquia inimiga com a tarefa de subir discretamente até atingir um posto em que pode causar o máximo dano, e só então agir. A teoria da toupeira aplicada à atual situação nacional começa com uma hipotética reunião em Santiago, durante o governo Allende. Dois exilados marxistas brasileiros, Fernando Henrique Cardoso e José Serra, recebem a visita de um tal, digamos, Molokov, recrutador da KGB disfarçado de cozinheiro na embaixada soviética no Chile. O três acertam o plano a ser seguido no Brasil, onde a conversão para o comunismo não será como no Chile, e exigirá um trabalho longo e meticuloso. Corta para março de 2002. Cardoso e Serra atingiram postos dentro da hierarquia brasileira jamais sonhados pelos seus controladores comunistas. Um é presidente da República, o outro é o candidato oficial à sua sucessão. Chegou a hora de agirem. Durante o governo Cardoso, uma fingida predileção pelo modelo econômico neoliberal e pela submissão aos Estados Unidos só serviu para desmoralizar o neoliberalismo e a receita americana, pois os índices sociais só pioram. Na pasta da Saúde, Serra, solertemente, cria condições para a volta de doenças epidêmicas, havendo até a suspeita de aliciamento de mosquitos, o que aumenta a revolta da população. Dando a impressão de que era usado pela direita autêntica, do PFL, numa aliança simbolizada pela presença de Marco Maciel – cujo formato, num toque talvez inconsciente de ironia, lembra o mapa do Chile – na sua Vice-Presidência, Cardoso na verdade trabalhou para a sua eliminação como opção política, numa manobra que culminou com o aniquilamento da sua candidata anunciada, Roseana Sarney, num complô urdido pelo ministro da Justiça, Aloysio Nunes, outro agente comunista infiltrado. O cenário está pronto para o triunfo final do Plano Molokov: a eleição de Lula e a comunização do Brasil. (O triunfo só não seria festejado pelo próprio Molokov, hoje um hipotético concessionário do McDonald’s em Moscou).
Outra versão da teoria da toupeira é igual a esta, a não ser por um detalhe.
Por trás de tudo não estão os comunistas, mas sim um consórcio de empreiteiras (OAS, Odebrecht, etc., os suspeitos de sempre) interessadas no trabalho de reconstrução do Brasil depois do inevitável ataque nuclear americano, com a vitória do Lula.