Começo a achar que aqui no centro da cidade tudo é um tanto diferente. Hoje mesmo saí em busca de uma casa de ferragens aberta (tentei instalar um varal de teto usando uma bucha 6 em um furo feito com broca 8, vocês podem imaginar o resultado depois que pendurei a primeira calça jeans molhada) e vi andando logo à minha frente um casal que me lembrou o de Estrangeiro, do Caetano Veloso. O velho devia mesmo ter cabelos nas narinas, não reparei. A menina, uma mulatinha gorducha, não era quase adolescente e nem muito linda. Mas a diferença de idade e a forma como andavam abraçadinhos me fez sorrir, sei lá por quê.
Trechos ocasionais da conversa me chegavam às orelhas. Ele contava alguma história de amor antigo, ela só ria. Imaginei a história toda enquanto chegava mais perto dos dois: ele narrava um romance marcante, talvez a história de como conheceu a esposa com quem ficou casado por 40 anos. Achei bonito aquilo, o velho empolgado com um novo amor contando à namorada tão mais jovem uma história de tempos passados, de quando ela nem era nascida.
Emparelhei com os dois e reduzi o ritmo da caminhada para ouvir melhor as doçuras que o ancião sussurrava ao ouvido da amada risonha. E o que escutei me fez reformular a história toda:
— Aí eu estourei o cabaço dela e rebentei minha fimose também!
Quase romântico
Comecei a escrever um capítulo novo, mas o varal tornou-se prioridade. Tenho um bacião cheio de roupas molhadas. É dura a vida de dono-de-casa.
o amor é mesmo lindo, não??
boa sorte com o varal.. entendo sua prioridade.. continuamos aguardando o próximo capítulo.
abraços e boa sorte (vc vai precisar….)
Esse tipo de sujeira é que mata minha esperança na humanidade. Bobinho, eu sou.
Ô situação!
Cara… Broca oito pra pregar um varal?! Vc
arrebentoudilacerou o cabaço da parede, tal qual o velhinho romantico fez com a mulher da história.Eu lhe disse que acertar na colocação do varal era mais difícil do que instalar o chuveiro. Eu coloquei o parafuso 8 no furo 8, mas as cordas do bendito varal não deslizam.Enfim, varal de teto e a gente sobe no banquinho para pendurar roupas…hehe
Vc. precisa é de um marido para esses afazeres.
o amor certamente nos deixa em duvida heheheheh
espero que dê tudo certo com o varal heheheh
abraços
Nossa… nem os velhinhos de hoje em dia são como antigamente…
Tu tá precisando de um marido mesmo, tenta um aki: http://www.maridodealuguel.com/
hahahah… adorei o blog !
parabéns !
abraço
=)
Eu não fiz o furo, ele já estava feito.
…
Estou falando do furo do varal, ok?
Nossa, que coisa romântica, hein?
Ainda bem que quando fui morar só, a casa já tinha os varais, não tive problema com isso…rs
Boa sorte aí…
Rapaz, tem coisa mais difícil. Também moro em apartamento e os registros d´água são ‘de gaveta’ que não fecham completamente – só que eu não sabia disso. Aí a máquina de lavar deu defeito e fui mexer. Quando vi que a água não fechava pensei: “Já que tô mexendo, vou concertar esse vazamento”. Ó que legal: desmontei o registro e quando o estava analisando não é que quebrou no meio!!! E, como dizia meu pai “miséria pouca é bobagem”, a bagaça é de uma marca vagabunda e que não fabrica mais, ou seja, tive que mandar fazer outro – pra não quebrar a parede. Enquanto isso as vizinhas ficaram sem água, com as máquinas cheias de roupas ensaboadas e amaldiçoando até a minha quinta geração…
A história do velhinho é legal, fiquei curioso, dá vontade de acompanhar o casal e ouvir o resto da história.
Quanto ao varal de teto e outros probleminhas domésticos não perca mais tempo, entre em contato comigo e resolvo todos os probleminhas de manutençao doméstica.
Durval – Marido de Aluguel