Prestuplenie i Nakazanie

Preenchi há cerca de um mês uma gigantesca lacuna em minhas leituras: finalmente encontrei uma tradução decende de Crime e Castigo, de Dostoievski, e li até o fim quase sem largar o livro. Sempre que eu termino de ler algo dele, solto a mesma exclamação: “Russo filho-da-puta!”. Como pode ser tão bom? Como alguém consegue levar o leitor para onde quer com tamanha facilidade? Sinto inveja, e não é o que chamam de “inveja boa”: se Fiodor Dostoievski estivesse vivo, eu acho que iria até São Petersburgo para puxar-lhe a barba. Como já morreu faz tempo, mordo os cotovelos e sonho com o dia em que conseguirei escrever algo decente.
Leiam Dostoievski, leiam!

20 comments

  1. Faz tempo que estou querendo ler esse livro, poderia informar qual é a editora, ou de que é a tradução?
    Aproveitando, recomenda alguma específica do “Moby Dick”?
    []´s

  2. Graças a Deus já li esse livro! Maravilhoso! O russo é um pulha mesmo, de tão bom! Na miúda, vai nos enxertando no paranóico contexto de Raskolnikov, fazendo com que espoquemos nossas hemorróidas a cada vez que aquele estudante de direito faz uma cagada!
    Já até escrevi um texto desse livro, meio que comparando com tb fudido “O Processo”, do Kafka – tradução de Modesto Carone. Tá lá na Quizumba (é um dos primeiros posts). Vai lá!
    Abço!

  3. sou uma ratinha de biblos desde que eu tinha uns 5 anos de idade e li “o pequeno príncipe”. devo ter lido “crime e castigo” quando tinha uns quinze anos. deve estar na hora de reler pq o tempo passa e as interpretações mudam…

  4. eu vou atrás de comprar. e ainda estou considerando que deve ser a única, digo ÚNICA tradução que presta da Martin Claret, porque eu comprei O Processo por oito reais na banca, e nunca consegui ler, de tanto que a tradução é ruim.

  5. Brusk, a tradução do Modesto Carone para “O Processo” – editora Companhia das Letras – é muito boa e vem até com um tipo de “exposição de motivos”, saca?
    Bem bacana! Pois então! Releia o bicho que vale a pena!
    Abço!

  6. A tradução do “Processo” é sofrível mesmo… não tem como justificar. Entretando é exceção nas edições da MC, que merece meu reconhecimento por tornar acessível obras obras que aleijariam meu orçamento.
    Bibliotecas são ótimas, mas certros livros eu prefiro TER… para comentar nas margens, rabiscar, comentar e reler quando eu bem entender.

  7. Bem leio sempre seu blog…..mas nunca me manifestei…..gosto de sua forma de escrever….e reescrever a biblia foi uma idéia brilhante….deveria licenciar para uma montagem teatral…..seria bárbaro…..Qto. ao “Crime e Castigo”, realmente, é um livro denso,tenso e o D. descreve como ninguém as angustias/dúvidas e tudo mais…..depois em seguida li o ” Estrangeiro ” Camus,são livros sobre a mesma coisa, com a mesma intensidade, e antagônicos….sei lá o que eu quero dizer…..eu só sei que pra mim foi chocante….verificar as diferenças da natureza humana tão bem realçada em obras de autores distintos…..Se tiver a fim leia…..como domina bem mais a escrita que eu talvez consiga descrever se sentir e descobrir o que eu “acho” que descobri….tá meio confuso…..vai passar é fase…..abraços!!!!

  8. “Crime e Castigo” surgiu na minha vida aos 17 anos. Há dez anos li a primeira vez e tornou-se o livro da minha vida. Já li várias vezes, a melhor tradução é da editora 34, direta do Russo, mas até a paráfrase feita pelo Cony eu acho maravilhosa.

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