A onda do momento

A onda do momento é namorar pelado.
Não. Péra. Não era isso que eu ia dizer. Vou começar de novo.

A onda do momento são os tais flash mobs. É assunto de órgãos de imprensa formadores de opinião, como a Folha de S. Paulo, O Globo e o Jesus, me chicoteia!. Então eu pensei em organizar um flash mob de proporções nunca vistas aqui em São Paulo.
Vai ser assim: às 18 horas, centenas de pessoas reunir-se-ão na plataforma de embarque da estação Sé do Metrô. Apesar de estarem todas juntas, não dirigirão palavra umas às outras. Ficarão todas olhando para um ponto fixo em algum lugar entre os trilhos ou do outro lado da plataforma. Quando o trem chegar, a multidão compactar-se-á em montinhos próximos às portas e as pessoas entrarão aos trancos nos vagões, sem expressão nenhuma no rosto. Então ficarão todas lá dentro, espremidas e olhando para o teto, ou para o chão, ou fingindo que dormem para não ceder lugar para a velhinha. Uns e outros ficarão atravancando a porta, apesar de só descerem na última estação. Algumas pessoas conversarão animadamente sobre o tempo. Todas as mulheres tirarão livros espíritas de suas bolsas; todos os homens sacarão de suas pastas livros de auto-ajuda.
Será um flash mob feito de um conjunto de flah mobs menores, que por sua vez serão feitos de flash mobs menores ainda. E assim por diante, até chegarmos ao indivíduo, um flash mob de células desempenhando tarefas repetitivas e sem sentido para manterem vivo um organismo sem razão.

40 comments

  1. Cara, porque eles não formam todos um grande monte e se jogam no trilho do metrô?
    Eles poderiam ficar todos lá, deitados, com a boca escancarada cheia de dentes, esperando a morte chegar.
    Com certeza, iam chamar uma super atenção. Até eu ia lá ver.

  2. não concordo.
    nem tudo tem sentido.
    pq a Flash Mob vai ter?
    e outra coisa…
    aqui no Brasil as coisas são diferentes… creio que logo logo os Flash Mobs daki terão razão de ser.
    vamos esperar (sem criticar o desconhecido)
    se cuida

  3. eu entendi sim, Luana.
    Mas EU estou falando de um flsh mob de verdade, que deveria existir, baseado nisso.
    Não quer dizer que eu tenha entendido que o Marco estava falando sério.
    Poutz, porque que eu tô explicando isso?

  4. Sabe o que é estranho? Ontem eu comentei lá no Apartamento da Misato:
    Eu acho que todos os adeptos dessa prática deviam fazer o Ultimate Flash Mob Plus: reunir-se-iam no Terraço Itália ou na Ponte Rio-Niterói e atirar-se-iam.
    (quanta mesóclise! Vou mudar meu nome pra Marco Auré-se-lio)
    Aí hoje fui ler o Mundo Perfeito e li o último post da Dani:
    As instruções para tomar parte do fascinante evento são as seguintes: os participantes da nova flash mob devem se reunir às 15:00 de hoje na cobertura do Edifício Itália no centro de São Paulo. Assim que chegarem todos devem se dirigir para as janelas e ficar por um minuto batendo com a cabeça nos vidros, até que eles sejam quebrados. Depois de desobstruídas as janelas, todos os participantes devem gritar:”Eu não sei pensar!” e imediatamente se atirar do edifício. Ao que parece essa é a primeira flash mob com um claro objetivo: elevar o nível intelectual dos internautas brasileiros.
    Olhaí o inconsciente coletivo.

  5. Acho muito bom teu blog! Divertido e inteligente =] jah li algo sobre esses flash mobs mas meu nível de entendimento naum chegou a esse ponto O_o entaum nem sei direito do q c trata 😛 uaheuah
    bjs

  6. Muita falta do que fazer essa porra de Flash Mob, nego nao faz nada da vida e resolve se encontrar pra pagar um mico em conjunto. Vou mandar uma trouxa de roupa suja la de casa pra esses desocupados lavarem…

  7. Vou organizar um assim: A qualquer hora do dia, em qualquer lugar do estado do Rio de Janeiro, as pessoas deverão olhar para os lados freneticamente e fazer expressão de medo ao pressionarem seus pacotes junto a si. Ao verem sua governadora passar no carro oficial, deverão levantar seu dedo médio, apontando para o alto, com a face do dedo em direção ao carro, direcionando palavras de baixo calão e impropérios em geral.

  8. Sensacional seu flash mob! E inteligente tb! Um movimento que vem do povo, legítimo, natural! E o mais engraçado é que participo desse movimento todos os dias e nem sabia disso! Isso sim é inconsciente coletivo!
    Abraço!

  9. Marcinho: mórmons são mórmons. normal.
    os de metrô são os que a gente vê no metrô.
    mas eu, por exemplo, vejo vários no ônibus, diariamente!
    são os chamados “mórmons de ônibus”.

  10. Podes crer, Lilla, Eu ia chegar aí. Eles são umas gracinhas, mas quando eles abrem a boca para falar de seus grandes projetos internacionais e blabla jesus, eu fico de saco cheio. Além do que, que porra é essa de andar com plaquinha encrito Elder fulano, tomarnocu.

  11. Lilla, só uma observação: Bocas cheias de dentes, no metrô da Sé, às 18:00, é pedir de mais…
    E a propósito Marco, acho que esse lance de “Flash Mob” existe a tanto tempo que não tínhamos nos dado conta por ser tão rotineiro. Incrível como a massa segue as “regras” direitinho, sem mesmo precisar ter alguém fiscalizando.
    Vc poderá por em prática, e vai ser tão bom, que até quem não está informado, vai colaborar sem saber.
    Bjinhos

  12. Ok, flashmob é coisa de retardado. O primeiro que vier com aquele papinho de “minha criança interior” deve ser empalado, combinado? Ninguém enxergou o aspecto lúdico da coisa… Útil mesmo e de grande função social é assistir Chaves, que também provocou uma enorme mobilização quando foi ameaçado de “extinção” e volta e meia vira post nos blogs mais conceituados.

  13. Um Flash Mob com sentido:
    Todos os mobbers deverão se dirigir a uma agência da Caixa Econômica Federal (qualquer uma) num determinado dia (entre um domingo e outro) e depositar alguma quantia (qualquer quantia) na minha conta. Para mais detalhes, como por exemplo o número da conta, escreva-me.

  14. Ei, não é que ontem eu passava pela Sé as 19h00 e o tal do flash mob continuava? Que coisa rapaz! Não acreditei no que vi! E hoje de manhã também, as 6h10 e lá estava o Flash Mob na Sé, correndo solto, já deixou de ser flash, virou “eterno enquanto dure…”

  15. Pior que o Flash Mob em si é ter de aguentar punhetações filosóficas de sociólogos, psicólogos, e outros ólogos, sobre essa idiotice que nada mais é do que a prova de que tem gente demais com coisa pra fazer de menos.

  16. É seria bom aproveitar essa demonstraçaõ do poder de mobilização da internet para por exemplo apoiar um baita manifesto contra corrupção no país por exemplo. Pressionar políticos e o ministério público contra essas operações abafa vergonhosas.

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