Gerador arretado da peste

Ai ai, essa Daniela Abade me mata… Aquelas costas…
Ah, não era disso que eu ia falar. Hum. O sempre provocativo Mundo Perfeito agora nos vem com um gerador de textos do Jorge Amado. Excelente. Eis o meu:

Da primeira vez que a bunda de Marina encontrou as mãos de Mohamed
Mohamed não agüentava mais as provocações de Marina. A mulher do Coronel Epitácio todo dia arrumava uma desculpa para aparecer no armarinho. Sempre com a saia curta e o enternecimento menor ainda. Falava do marasmo de viver na fazenda Arroio do Só, dos suores noturnos, do asco estancado em seu coração. O turco tentava mudar de assunto.
De que jeito?
Mas quem disse que adiantava? A mulher sempre arrumava um jeito de voltar ao ataque. Usava técnicas de baixeza inomináveis. Chegou até a preparar um prato de mingau (inegável afrodisíaco), ainda caprichado na aveia , só para Mohamed não ter como recusar o agrado.
Orientado pela negra Juventina, o dono da armarinho resolveu a fazer um despacho para Ogum, na tentativa de se livrar da fazendeira e da perspectiva de ser atravessado por uma garrucha. Até merecer o turco fez, para ver se passava por louco e espantava a insistente. Mas ela tinha o corpo fechado para despacho e aberto para teimosia. Num dia de calor retado, Marina entrou no armarinho com a desculpa de comprar um alicate. Mohamed não tinha alicate a venda. Nem como resistir à bunda de Marina exposta daquela forma sapeca. Danou-se.

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5 comments

  1. Caralho!
    Eu nunca li Jorge Amado, nem pensei no assunto, mas ESTA NOITE EU SONHEI COM O JORGE AMADO! Que tinha encontrado com ele NUM ÔNIBUS indo pra um bairro croca da Grande Vitória, onde ele ia passar as férias!!!
    Caraca. Que coincidência. Cruiz.

  2. De quando Oxum novamente escutou Luana
    A lavoura de cacau pedia trégua. A fazenda Rudigrudi já não agüentava mais tanta devastação e pedia clemência da vassoura de bruxa. Da mesma forma que a cidade inteira pedia alguma solução. Enquanto coronel Sinfrônio especulava na capital alguma forma lucrativa de negociar a venda da sua propriedade, Luana apelava para que Oxum mandasse embora aquela maldição. Com os homens sem dinheiro, ela e suas cabritas não tinham futuro. O perversão estava sendo substituido pelo desânimo. As carolas seriam as únicas felizes, porque só elas dão valor para a tristeza.
    Até o paciente Salim foi visto chutando um pilão e gritando para a poeira que se levantava na frente da venda:
    – Cuma?
    O cabra tinha enlouquecido. Não havia mais o cheiro de filé saindo das janelas. A praga extinguiu também a possibilidade de possuir carne nas despensas. Não havia lugar nem mais para o tesão. Foi assim até o dia em que viram Luana meter. Era o sinal. Sempre que Oxum a ouvia, isso se repetia. Dito e feito. Em um mês a praga abandonava a cidade, a fazenda Rudigrudi e os pesadelos de Luana, que – depois de ser ouvida -, resolveu toda noite em total perversão, dançar e exibir sua cheirosa buceta na frente da igreja, sem ligar para a oculta ameaça de uma zagaia.

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