Arão oferece sacrifícios

(Levítico 9)
Passados os sete dias da ordenação, Moisés foi falar com Arão:
— E a-aí, ca-cabeção? C-confortável aí?
— CORNO! FILHO DA PUTA! SETE DIAS AO RELENTO! EU RENUNCIO A ESSA PORRA! RENUNCIO!
— Ca-calma, A-Arão. Não po-pode r-renunciar não, Ja-Javé a-acaba com a t-tua r-raça…
— Mas isso é trabalho escravo, porra!
— T-trabalho e-escravo na-nada. Cê tem c-comida de g-graça, boas r-roupas, m-mordomias. C-contente-se.
— HUMPF. Bom, pelo menos terminou esse negócio de ordenação.
— Hum… M-mais ou m-menos. A-ainda tem uns s-sacrifícios p-pra fa-fazer.
— Ah, não, Moisés! Mais sangue???
— É. E de-dessa vez v-vai ser uma ca-carnificina, p-porque o Ja-Javé vai v-vir pra ja-jantar.
— Vixe! Então vai ser pesado o negócio?
— De-demais. O-olha a li-lista…
— Hum. Um bezerro, um carneiro, um bode, outro bezerro, outro carneiro, um touro, OUTRO CARNEIRO, CARACA! Cereais, azeite. O cara tá com fome MESMO.
— É a la-larica… E-então, p-prepara t-tudo aí.
— Bom, não tem outro jeito. Vou falar pro povo trazer esses bichos todos.
O comunicado correu o acampamento, e em pouco tempo os animais solicitados pelo sanguinário Javé estavam à disposição no Tabernáculo. E foi um dia de sangue, com Arão matando os bichos todos. Ao final desse massacre monstruoso, Arão e Moisés saíram da tenda para abençoar o povo e todos puderam ver a brasa do baseado de deus brilhando sobre o Tabernáculo.
POVO DE ISRAEL!
— OOOOOOOOOOOOOOOOH, JAVÉ!
VOU FAZER UM NEGÓCIO LOUCO AGORA! PRESTENÇÃO!
Dizendo isso, puxou uma tragada forte e prendeu por um tempo. Quando soprou, em vez de fumaça veio uma labareda que queimou tudo o que estava no altar. O povo delirou:
— CARACA! JAVÉ É FODA! GRANDE JAVÉ! U-HU!
Muito satisfeito com sua apresentação, deus divulgou seu telefone para shows e sumiu.
Pronto, os sacerdotes estavam ordenados. Vidão de matar uns bichos e comer de graça, não? Hum… Mais ou menos. Aguardem o próximo capítulo.

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