A mesa dos pães para oferenda

— T-tá, J-Javé, co-como vo-você v-vai q-querer a me-mesa?
— Coisa simples, Moisés, nada de mais: de acácia, oitenta e oito centímetros de comprimento, quarenta e quatro de largura, sessenta e seis de altura.
— Ah, v-vai ser f-fácil de fa-fazer e-então…
— É, não te falei? Só vai precisar cortar a madeira nessas medidas e pronto. Ah, e revestir toda a mesa com ouro puro, e colocar um remate de ouro em volta dela.
— P-porra, J-Javé, n-não sa-sacaneia! E-estamos no m-meio d-do nada, o-onde é q-que va-vamos a-arrumar t-tanto o-o-ouro?
(Boa pergunta, Panthro Samah!)
— Bah, Moisés, não faz corpo mole! Não lembra que eu falei pra vocês pegarem as riquezas dos egípcios antes de saírem de lá?
— N-não le-lembro n-não.
— Não lembra o cacete, tá se fazendo de besta! Olha aqui!
— Po-porra, e-esse ne-negócio de fa-falar com l-links q-quebra as p-pernas da ge-gente…
— Quer me enrolar, Moisés? Você achou que eu mandei vocês fazerem isso por quê? Porque eu queria ver vocês ricos? Bah! Era pra mim, precisava desse ouro todo para a construção do meu tabernáculo. Eu não dou ponto sem nó, tá pensando o quê? Eu sou é deus, porra! DEUS!!!
— T-tá bom, t-tá bom…
— HUMPF. Cê me tira do sério, Moisés, até me perdi. Onde é que eu estava? Ah, o remate de ouro. Então. Em volta da mesa cês vão fazer um friso de quatro dedos de largura, e botar um outro remate de ouro em volta do friso. Por fim, vocês vão fazer quatro argolas de ouro para colocar nos pés da mesa e dois cabos de acácia revestidos de ouro para o transporte, daquele jeito que eu já expliquei nas instruções para a Arca da Aliança.
— T-tá tu-tudo a-anotado. M-mas p-pra q-quê e-essa me-mesa?
— Pra quê? Pra eu fazer minhas refeições, oras. Cês vão fazer pratos, copos, taças e jarras para vinho, tudo de ouro puro. Essa mesa vai ser colocada na frente da Arca, e em cima dela vocês vão deixar sempre uns pãezinhos quentinhos pra mim.
P-por i-isso que cê t-tá go-gordo pra ca-caralho…
— Como é?
— Na-nada n-não… M-mas cê v-vai vi-viver s-só de p-pão e vi-vinho?
— Claro que não, isso é só o café da manhã. Para as outras refeições é que existem os sacrifícios de animais que serão oferecidos no altar, cujo projeto eu vou te passar depois. SANGUE! SAAAAAAAAAAANGUEEEEEEEEEEEE!!!!!!!
— Ca-calma, Ja-Javé…
— Hum. Muito bem, então vamos continuar com esse negócio.

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