Vitória sobre os reis de Moabe e Basã (Números 21:21-35)

No último capítulo vimos que, depois do episódio da serpente de bronze, os israelitas andaram, andaram, depois andaram mais um pouco e chegaram ao monte Pisga, já no território de Moabe.
Pois muito bem, de lá Moisés enviou uma mensagem a Seom, rei dos amorreus, com praticamente o mesmo conteúdo da mensagem que enviara ao rei de Edom, explicando quem eram os israelitas, de onde vinham, para onde iam, e pedindo autorização para cortar caminho pelas suas terras. Os israelitas comprometiam-se a não tocarem nas plantações nem beberem da água dos poços. Porém, assim com o rei de Edom, Seom não acreditou na história de Moisés e mandou um exército para lutar contra os hebreus em Jaza. As semelhanças entre Seom, rei dos amorreus, e o rei anônimo de Edom acabam aí: os edomitas eram considerados pelos israelitas como irmãos, uma vez que descendiam de dois irmãos, Esaú e Jacó. Por isso, quando o exército edomita veio atacar Israel, o povo apenas escolheu outro caminho e continuou sua jornada. Os amorreus, no entanto, eram descendentes de Lot, sobrinho meio afrescalhado do patriarca Abraão que comeu as próprias filhos, dando origem aos moabitas e amorreus, como podemos ver aqui. Ou seja, parentes distantes e ainda frutos de incesto. Assim sendo, os israelitas não tiveram o mínimo prurido moral em reagir ao ataque, derrotando os amorreus e apoderando-se de suas terras desde Arnom até Jaboque, que era a parte fortificada da fronteira. Os israelitas tomaram todo esse território, inclusive a capital, Hesbom, e ficaram morando por ali.

— MORANDO, Chicoteia??? Ué, e a peregrinação de 40 anos dos caras pelo deserto?

Pois é. Não sei. Porque, vejam só, esses território aí já faziam parte de Canaã, a Terra Prometida. Ou seja, os israelitas já chegaram ao seu destino, e agora restava conquistar a terra. Talvez essa conquista aí é que vá levar 40 anos. Ou então há aqui um salto na narrativa, já que ficar descrevendo 40 anos de caminhada pelo deserto não dá Ibope a ninguém. Confesso que não sei, e não consigo encontrar nada que me esclareça a respeito. Vou continuar procurando e darei a explicação assim que a obtiver, tudo bem? Beleza! Então voltemos à narrativa, farisaiada.

Bom, até aí tudo bem. Os povo foi atacado, reagiu e venceu. No entanto, como vocês podem ver neste mapa, essa batalha marcava o começo da tomada de Canaã. Sim, sim, o objetivo final! Então a partir de agora começam as batalhas de conquista de território. Moisés não perdeu tempo e mandou logo espiões a Jazer, cidade vizinha, para que obtivessem as informações necessárias para a conquista da cidade, que ocorreu sem maiores problemas.
Depois de conquistarem Jazer, o povo virou-se na direção de Basã. Ogue, rei daquela terra, veio com seu exército contra ele. Os israelitas, não contentes em derrotarem o exército de Basã, ainda invadiram seu território, matando todo mundo. Aliás, em todos os lugares por onde passaram guerreando até agora, os israelitas não deixaram viv’alma. Eita povinho com sangue nos zóio!

13 comments

  1. Eu leio sim!!! estou lendo… aposto que muitos disseram que isso é muito parecido com o que vem acontecendo hj, né?
    Deixa eu te mostrar o quanto Voltaire tbm pensava nisso??? Deixa, né?
    “Não sabem que no momento em que lhes falo, existe mil loucos da nossa espécie, cobertos de chapéus, que matam cem mil outros animais cobertos de turbantes, ou são massacrados por estes e que, (…) é assim que se faz, desde tempos imemoriais?”
    Leia que é bom, mais um idealista morto.

  2. Você lembra um pouco o Fernandinho Beira-Mar, só que sem barba…por isso as pessoas não gostam de você…bem, não sei, talvez as pessoas gostem de você, ou então do Fernandinho, e te tolerem pois você parece com ele um pouco!!!

  3. E vcs já repararam que desde que Israel se organizou novamente como estado político, em 1943, eles jamais perderam nenhuma guerra? Nem quando 3 vizinhos poderosos os atacaram de uma só vez? Sinistro… Muito sinistro…

  4. Tudo bom, Marco Aurélio? Como profeta obediente que sou, vim tomar a minha chicotada doutrinadora no lombo. Alguém já deve ter te dito isso umas cem vezes só essa semana, mas você escreve/descreve as passagens da Bíblia de uma forma muito bacana. Você é estudioso, teólogo, amador, nenhuma delas ou todas as anteriores juntas? Porque é muito difícil ver alguém escrevendo sobre isso com tanta leveza, sem parecer sermão e principalmente, sem enfiar as coisas até o cotovelo goela abaixo de quem lê. Ô menino sabido! E deixa eu parar, senão daqui a pouco te passo uma cantada. Sua crítica sobre o Homem que Copiava, endosso, parece que o Cinema Nacional acordou para a vida, chega de “desgracê”, pelo amor de Deus, que para ver isso não precisa ir ao cinema, é só dar uma volta no centro e na periferia de qualquer cidade grande. Um beijão!

  5. Rapaz, então há milhares de anos os israelenses estão fazendo essa desgraça de guerra por território ??
    Bem que a gente podia vender um pedacinho do TOCANTINS pra eles, não estamos usando pra nada mesmo . . . Assim os caras sossegam.

  6. Graça e paz irmãos,
    Estou estudando Nm 21 e também me assustei com o início repentino da conquista da Terra Prometida.
    Estou atrás de mapas para entender o deslocamento descrito e passei por aqui.
    Compartilho com vocês que achei algo interessante em minha Biblia em ordem cronológica. Nela temos que entre Maio e Jun de 1.461 A.C. Miriã se rebela e fica leprosa (Nm 12). Estamos no segundo ano desde a libertação do Egito. Os espias são enviados entre Ago/Set do mesmo ano (Nm 13) e a rebelião de Corá em Nm 16 dataria de dez/1.461. Em Nm 20 temos a morte de Miriã, com a idade dela, isso mostra um avanço de 38 anos na história. Teria ocorrido em Abr/1.423 A.C. A passagem negada por Edom em Jun/1.423, a morte de Arão em Ago/1.423 (também data e permite apoiar essa conta) por fim temos a serpente de bronze em Set/1.423.
    Quando os descendentes de Ló afrontam Israel, já estamos no 40o. ano do Êxodo. 🙂
    fonte: Biblia em ordem cronológica, NVI, Edward Reese e Frank Klassen (organizadores).

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