Realejo

Quem me conhece sabe que eu nunca fui crédulo, e o sou cada vez menos. Mas hoje, saindo para o almoço, deparei-me com um tocador de realejo. Há tempos não via um, e fui encontrá-lo justo aqui, no Vale do Silício paulistano, o Olimpo da Tecnologia. Não resisti ao contraste e paguei ao cara os R$ 1,50 que ele cobra pelo serviço do periquito (sim, porque o serviço dele é só girar uma manivela). A inteligência das aves não pára de me surpreender, e defendo que os tocadores de realejo dividam os lucros de igual para igual com seus periquitos, ainda mais porque sempre parece que o periquito é o mais inteligente da dupla.
Outra razão para eu gastar meu dinheiro com tamanha bobagem foi que eu me lembrei de uma ocasião, meu irmão devia ter pouco mais de um ano de idade, quando minha mãe também tirou a sorte para ele no realejo. Ela não se lembra disso, e claro que ele também não lembra. Mas o bilhete ficou muitos anos guardado, e dizia que o menino era a alegria dos pais e dos irmãos, o que ele de fato era, e continua sendo aos 22 anos de idade.
Mas eis meu bilhetinho:

1 comment

Deixe uma resposta