— Juju, por que seu cabelo tá ficando liso?
— Porque eu pedi.
— Pediu pra quem?
— [cochichando] Pro Deus…
— Ah, entendi…
— Por que você não pede pra ele te dar cabelo?
— Por que você não pede?
— Tá. [olhando pra cima] O Marco, que é esse aqui, ó, quer um cabelo bem grande. Tá bom? Quê? Quebrou a maquininha? [falando comigo] Marco, quebrou a maquininha dele de fazer cabelo.
— Tudo bem, Juju.
— Não, mas eu posso pedir um cabelo pequeno. [olhando pra cima de novo] Pode ser um cabelo pequeno, então? Oi? Não, igual o do Beto. O Beto é aquele que tá com camisa de pessoas*… Tá bom. [falando comigo] Eles vão fazer um cabelo pequeno pra você.
— “Eles”, quem?
— O Deus.
— E quem mais?
— E os anjinhos. E o vovô.
*O Beto é meu irmão mais novo. Hoje ele veio com uma camiseta cheia de carinhas estampadas. Camisa de pessoas, portanto.
Nada supera a espontaneidade e a criatividade de uma criança!
Força ai nego, imagino que a saudade do seu pai vai ser imensa e incomodativa demais da conta! Precisando de algo, só chamar!
Bjs
Não pega bem um homem de quase 100 kg chorando com essas histórias, viu?
Que doce!
Se eu fosse Deus dava um ponta pé na maquininha emperrada e te fazia acordar estilo Slash do Guns, Vanessa da Mata ou Gal Costa. Ia ter q gastar com chapinha.
Teu pai com certeza se foi levando orgulho do filho ateu, meu caro. Parabens pra ele e sua mãe, pelo caráter bem moldado que deram ao filho.
Felicidades, paz e conforto pro corações na sua familia MArco.
Sergio
pronto, chorei. eita. bjs,
Sensacional! Sempre lembro do vídeo em q ela dançava na cozinha! Linda!