Signs

Fui assistir Sinais, do M. Night Shyamalan. “Ah, mas tem o Mel Gibson, o Joaquin Phoenix, porra!”. Não importa: O cara faz filmes em que o menos importante é o elenco. Só esse indiano consegue fazer o público ter medo de uma porta, de um copo, de uma laranja, apenas pela forma como utiliza as câmeras, botando em primeiro plano o que teoricamente deveria estar lá no fundo da cena, ou nem aparecer.

Sinais, assim como Sexto Sentido e Corpo Fechado, traz como tema central a fé. Neste filme, o personagem principal é um reverendo que abandonou a batina após a morte da esposa. E aí entram os círculos nas plantações e os ETs. Sinais tem uma boa dose de humor, talvez para compensar os sustos de fazer o coração rodopiar no peito. Assistam, é uma merda falar sobre filmes, eu sempre acabo contando o final.

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Certas cenas do filme têm um significado muito forte para mim. Uma é quando o personagem de Mel Gibson, reagindo com agressividade à sugestão do filho de rezarem antes de jantar, diz que não vai desperdiçar nem mais um minuto de sua vida com orações. Mais tarde, frente a uma possibilidade de tragédia, ele repete “Eu o odeio” várias vezes, claramente dirigindo-se a deus. Muito foda, como são universais certas coisas que achamos tão particulares.

E fica assim: Se acontecer comigo o que acontece ao Mel Gibson no filme, eu não só volto a acreditar em deus, como ainda viro pastor.

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