Direito de resposta

A Alessandra Neris, assessora de imprensa da Intel, enviou um e-mail esclarecendo o furdunço todo. Ei-lo:

Olá, Marco Aurélio,
Segue nossa resposta, só para por os “pingos nos iis”:
Não houve informação privilegiada. Todos os jornalistas de São Paulo e alguns de outros estados que aceitaram o convite participaram da coletiva.Todos receberam o mesmo press kit e as mesmas informações.
Depois da coletiva, houve um almoço organizado pela Burson-Marsteller (agência de comunicação da Intel) para os jornalistas de fora de São Paulo, na churrascaria Jardineira Grill, por cortesia da Intel, por terem vindo de longe. Nenhum porta-voz da Intel esteve presente nesse almoço. Além dos jornalistas de fora, alguns de São Paulo (que estavam na sala de imprensa no momento da saída para o restaurante) foram convidados (pela Burson), como se convida um colega para um almoço informal, o que de fato era.
Paul Otellini participou de um outro almoço, no próprio Hyatt, com alguns editores de publicações específicas, de interesse do executivo, apenas para relacionamento.
Como estes dois almoços estão sendo confundidos e alguns jornalistas se manifestaram ofendidos e discriminados, queremos esclarecer que EM NENHUM DESSES ALMOÇOS —– seja no de cortesia aos colegas de fora, seja no de relacionamento organizado pela Intel —– HOUVE QUAISQUER INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS.
Nós, da Burson-Martellers lamentamos o mal-entendido e garantimos a todos que não foi dada nenhuma informação diferente do que já havia sido dito na coletiva. O que poderá ser facilmente comprovado nas eventuais matérias publicadas sobre o evento.
A equipe de atendimento da Intel, na Burson, está à disposição para esclarecer, aos colegas jornalistas, quaisquer dúvidas sobre os fatos. E pede desculpas por eventuais transtornos que estes fatos (até então não checados) tenham causado.
A Burson-Marsteller, que há 50 anos (30 deles no Brasil) zela pelo profissionalismo e pelo bom relacionamento, jamais promoveria a discriminação em quaisquer segmentos.
Gratos,
Alessandra Neris
Innovation &Technology
Burson-Marsteller Brasil

E basta, que papo de jornalista é muito chato.

9 comments

  1. É… que seja, então. “Desculpe-nos… não sabíamos que uma meia-dúzia de nossos colaboradores resolveram beber cerveja e encher o rabo de carne (no bom sentido) com alguns jornalistas. Mas, entenda. Nosso objetivo era embebedar os jornalistas e, nós sim!, tirarmos informações privilegiadas deles. Sabe como é… o alto clero possui as informações mais bombásticas e a rádio-peão sintoniza melhor em freqüência mais alta. Mas tenho a lamentar que não deu muito certo. Ficamos mais sabendo das infidelidades pessoais do que o que desejávamos mesmo: as tendências do que é notícia para sermos capa de vários veículos, investindo em tais tendências. E é só. Certo de sua compreensão, subscrevemo-nos”.
    PsycoReal – porta voz estagiário auxiliar de grampeador Jr. da Burson-Marsteller Brasil.

  2. “A Burson-Marsteller jamais promoveria a discriminação em quaisquer segmentos?” Hmm… sei não, hein! Há controvérsias! Ao aceitar, sem questionar, a solicitação do Paul Otellini (ou, ao menos, alertar as conseqüências catastróficas de uma atitude excludente como essa sobre a BM e a Intel) a Burson se tornou cúmplice dessa história toda, portanto, também é culpada!!!!

  3. Nunca vi tantos parênteses num texto em toda a minha vida. Antigamente, texto bom usava outros recursos para explicações e orações intercaladas: como vírgulas ou travessões. Parênteses é recurso de bilhete. E olhe lá!

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