Eu na Folha

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Sim, sim: sou eu na Revista da Folha, dizendo que os imbecis são sempre maioria. Bom, eu disse outras coisas, mas essa valeu até título. Débora Yuri, autora da matéria, entendeu bem quem eu sou: “Aparelho nos dentes, careca, gordinho, falante e usuário compulsivo de palavrões”, ela define. Excelente. Só não gostei daquele negócio de “ateu sem argumentos”. A expressão fez parte de uma declaração mais elaborada, em que eu deixava bem claro que estava me afastando do ateísmo por achá-lo mais estúpido do que qualquer religião.
Quando a Débora veio aqui me entrevistar, uma das coisas que me perguntou foi sobre o que me irritava.
— Ah, sei lá. Falsidade.
— Hum…
— Não, porra! Não anota não. Estou sendo irônico. Tem muita coisa que me irrita, cazzo. O que você quer saber?
— Ah, por exemplo: quando eu estou andando na rua e o vento bate de frente, joga o cabelo todo na cara, eu não gosto.
— Bom, eu não sei o que é isso…
— AI! DESCULPA!
Ficou sem graça de verdade. Como é bom deixar as pessoas sem graça, não? No fim das contas, disse que o que me irritava era o Código Da Vinci.
Bom, comprem o jornal. Ou leiam a matéria na internet, se forem assinantes do UOL.

33 comments

  1. Aliás, pra variar, o pessoal sempre coloca blogs idiotas nestas matérias, né? Não tô falando do teu…rs… que eu acesso desde sei lá quando… mas, de outros que aparecem lá.. rs… Parabéns, qdo eu for a SP, quero autógrafo….rs!

  2. salomão era comedor…
    vc poderia deixar essa parte da construção do templo + “picante”…
    tipo, na horaq eles estavam erguendo o mastro, introduzindo o pilar, claro q terá q inserir umas mestras d obra tb, señ vai ficar meio boiola…rsrs

  3. Olá, achei seu blog há alguns dias e desde ent]ão minha vida religiosa modificou-se muito! Eis que agora pela Folha de SP o evangelho está sendo pregado a todos infiéis. Vc já viu no Orkut uma comunidade contra o Inri Cristo? Tem coisas parecidas e tentativas de reescrever a Biblia, mas não com tanto brilahntismo como seu blog. Parabéns!

  4. Poxa, depois da um jeitinho de anexar a entrevista aqui. Pra galera apreciar. Outra coisa: Porque não gostou do Código da Vinci? Independentemente de ser uma história falsa ou verdadeira de quem acredita ou não em alguma religião, oi uma história bem elaborada. E também foi excelente o trabalho de pesquisa do ator do livro. Por mais bosta que as pessoas achem o livro, quem num quer escrever um livro e ver mais de 10 outros livros falando de sua obra?

  5. Eu li! Digo que já tinha passado pelo seu blog antes, mas há muito não voltava. Foi tão bom ver na revista da folha alguém que eu já conhecia… …de vista. Fez com que eu me sentisse mais perto do estrelato. Um ano-luz, pra ser mais exato.

  6. A sua idéia é originalissima e divertida, mostra bem como a liberdade de expressão em nosso país não sofre mais de sequelas da época do militarismo.Transpondo um pouco isso para a liberdade religiosa, se voce estivesse no Irã e fosse Muçulmano e estivesse reescrevendo o Alcorão certamente estaria condenado a prissão ou a centenas de chicotadas.Salman Rushidie que o diga depois que escreveu seus “versos satanicos”.Um forte abraço e qdo puder visite-me.

  7. achei lindo.
    e achei a foto genial.
    só pra quem pode, né?
    e cá entre nós, eu gostei da diversidade entre os blogs que ela escolheu.
    Como sempre, só uma menina no meio da macharada. Mas vou ficar quieta, foi uma matéria boa.

  8. MAS,
    Senti um certo amargo no seu comentário da reportagem. Aliás muito parecido com o que percebi quando lí a matéria dop seu “weblog”. Não conhecia seu “webblog” (aliás, nenhum), mas depois de “experimentá-lo” achei que a reportagem não expressou bem a “delícia” dele. Parabéns!
    GC

  9. Eu que simpatizei com sua infiel figura por ser ateu, dou de cara com uma declaração sua, recente, onde afirma que se afasta do ateismo, por achá-lo mais estúpido que as religiões? O que é isso? Disconcordo, nem mais, nem menos, nem tão, um é a antítese do outro, religião é afirmação, ateísmo é negação, acho. O problema é que ateismo não dá dinheiro, não dá pra passar a sacolinha, logo após. Devagar com o andor, cara. Acho que vc está misturando estações.

  10. Putz, cara! “Cê” vai me desculpar, mas tú tá numa sinuca de bico. Pior do que ver “crentes” com atos/hábitos que não combinam com a fé, é ver um incréu confuso na sua descrença.

  11. Marcurélio, ficou chique no úrtimo. Parabéns. Só acho que esse negócio de ateu, aparelho, careca, gordinho etc. é tudo invenção da repórter -não se pode confiar em jornaleiros, cê sabe. 😉 Abração.

  12. (Falando sério agora, quanto à aparente gafe da Débora, ela jamais conseguirá superar minha obra-prima: falar em “legendas para cego” -aquelas que descrevem o que qualquer um pode ver olhando a foto- a um grupo de jovens jornalistas que incluía uma menina cega. What a shame.)

  13. Engraçado o poder da mídia. Não te conheço, nunca te vi, mas sinto-me de certa forma como um amigo teu. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento que, aos poucos, você está conquistando em todo o país.
    Ainda espero ver uma entrevista tua no Jô Soares…
    Quando estiver em São Paulo vou tentar entrar em contato. Quem sabe não te conheço ao vivo.
    Abraços cara e parabéns.

  14. Primeiro a Fernanda Karina, depois o Marco Aurélio. Essa Revista da Folha se supera a cada semana. Isso é que é jornal, vou te dizer.
    Mas ser ateu é um ato de fé como outro qquer, afinal de contas.
    O lance é ser agnóstico.

  15. adorei te ver lá, a matéria tá ótima (embora eu bem saiba que metade você não disse e a outra metade, não foi bem assim…rs…)!! e também espero sua ida ao Jô…
    já a respeito do resto, só acho que toda a questão é só a fé…eu, por exemplo, tenho muita fé na criação…já qto ao criador, há uma série de dúvidas..rs…mas duvidar do que está ao redor, acima, abaixo, no centro e adentro, aí já é uma tremenda bobagem..né não? rs…
    beijos

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