Gostei do filme Meu Tio Matou Um Cara, de Jorge Furtado. Gostei mesmo. Boa história, direção excelente, Lázaro Ramos cada vez melhor, Sophia Reis surpreendente, Deborah Secco gostosa como ela só. Mas Jorge Furtado começa a me incomodar.
Depois que assisti ao último filme dele, O Homem Que Copiava, escrevi:
Pois bem, parece que Furtado vai agora na mesma direção: há uma cena longa demais de tomadas de favelas que termina com as expressões sofridas nos rostos dos visitantes do presídio. A câmera passa pelos barracos ao som de um rap; depois passa pelos rostos, e o diretor parece querer comover a platéia. Não consegue, a cena é apenas entediante.
Fosse só isso, eu deixaria passar. É difícil não se deixar contaminar por essa miséria-para-gringo-ver do cinema nacional. Mas há outra coisa que me irritou bastante e que me levou a questionar: por que é que eu, pago para ver filme brasileiro? Eu já pago meus impostos, a maior parte da verba para produção de filmes vem de empresas estatais através da Lei Rouanet, então como é que têm a cara-de-pau de me cobrar?
“Ah, mas o cinema brasileiro ainda está engatinhando”, há de argumentar alguém. Eu digo que esse bebê já está angatinhando há tempo demais, e chegou a hora de escolher: ou pára com esse negócio de ficar de bunda pra cima pra ganhar dinheirim do governo (ou seja, de mim e de você), ou leva logo no rabo. Ainda mais no caso de um filme como esse, em que o site do Terra aparece mais do que o Lázaro Ramos e os rótulos da Brahma mais do que a Sophia Reis. Mamar no governo e entuchar o filme de merchandasign merchandising (BURRO! BURRO!) é um pouquinho demais, não?
Enfim, assista ao filme, é bom. Mas tente pagar o ingresso mostrando sua declaração do Imposto de Renda, ou seu boleto de pagamento do Terra, ou doze rótulos de Brahma. Também queremos moleza, ué.
Primeiro comentário? Cena rara!
Vale lembrar que o cinema da retomada é um movimento que já tem dez anos, desde “Carlota Joaquina” e só serviu para fazer filmes nacionais além da Xuxa. Tudo bem surgiram novos nomes, entre diretores e atores, Fernanda Montenegro foi indicada ao Oscar como melhor atriz, ganhamos Globo de Ouro, Leão de Ouro, Palma de Ouro e o caralho-a-quatro de Ouro. Mas, por exemplo, desde que Fernanda Montenegro foi indicada, a Globo consegue encaixar ela em tudo que é produção: novela, filme, minissérie… Pra dar nível às produções, estão baixando o nível da atriz.
Cinema nacional, salvo raras exceções, é lamentável mesmo.
Pelo menos você não pôs fogo na bilheteria, o que já me deixou bastante aliviada. 😛
e diz que agora o Silvio Santos tambem vai montar uma produtora, de olho na grana que a Globo Filmes tá arrecadando através isenções/doações e o caralho a quatro. é pagar pra ver mesmo..
Tá, agora eu também cantarei isso. Valeu Marco…
namorando, achando filme nacional bom, tsunami… esse mundo está mesmo perdido.
Fala ae cara, po esse titulo me xchamou atenção, valeu cara té mais
Morte à influência americana no cinema nacional! Chega de filmar o que é mais brasileiro com o olhar ianque! Viva o velho Cinema Novo! Saudades de Glauber Rocha, de suas sequências intermináveis no sertão… Saudades da Embrafilme…
E viva as melodias de Bloodhound Gang…
pô.. pô.. sei não
sei que o filme é massa
Não sei qual o grande mérito de ser ‘indicado’ ao Oscar quando um filme sobre um anão que tem que esconder um anel leva nove deles.
Quando li o título, achei que você iria reproduzir a coluna do Mainardi.
Amarelão.
nove anéis?
Burn,mother fucker…Burn!
(guitarrinha comendo)
uhehehe… essa música só me faz lembrar de fahrenheit.. aquele soldado americano de merda falando que ouvia “The Roof Is On Fire” quando ia matar geral. =P~
bom garoto!
na verdade o nome da música “the roof is on fire” eh Sway..
kill bill matou um cara
Mr. Batata, o filme não era sobre um anão (Frodo é Hobbit) e ele não tinha que esconder um anel (tinha que destruí-lo).
Que que isso tem a ver com o post?
“P” nenhuma.
Ou seja, ignore. ;o)
Eu queria continuar a música, mas o michael moore chegou antes…
Beijundas!
angatinhando??? o que é isso???…
Eu ganhei ingressos!
A intenção do Furtado, na verdade, foi só mostrar uma Porto Alegre desconhecida. E que, não fosse pelo sotaque, passaria por qualquer outra metrópole brasileira.