25 de janeiro

Já se falou demais dos 450 anos de São Paulo. Dona Nilda, que é tão apaixonada pela cidade quanto eu, comentou isso comigo dias atrás. Porque, por mais que se ame São Paulo, paciência tem limite. Deixem minha cidade em paz, caralho!
Eu só queria descrever algo que me aconteceu dia desses: desci no Metrô República e estava andando pela praça na direção da São João. Umas onze da noite, acho. Logo na saída do metrô, um grupo de bolivianos tocava suas flautas de bambu, tambores e instrumentos de corda esquisitos. Só que, em vez do repertório de sempre, ao centro da roda duas mulheres faziam um desafio improvisado, como repentistas. Mais para a frente, um grupo de velhos engraxates, bem conhecidos de todos que andam pela região, tocavam um baião de Luiz Gonzaga usando instrumentos típicos de samba (pandeiro, tamborim, timba, repique). Já na Avenida Ipiranga, um negão e um japonês andavam de mãos dadas, e olhavam-se amorosamente.
Isso, pra mim, é São Paulo: mistura, harmonia, ritmo, improviso. E veadagem. Puta que pariu, como tem veado nesta cidade!

Mas o que eu queria mesmo era lembrar outro aniversário ilustre:


Parabéns, Tom

14 comments

  1. Há a mesma quantidade em todos os lugares, Marco. A diferença é apenas haver ou não liberdade para ser “visível”. E, por isso mesmo, Viva São Paulo!!

  2. O que é ser “paulista” legítimo? Primeiro pq nascer na cidade de São Paulo é ser paulistano. Eu não nasci na cidade, , como tantos que vivem aqui e é isso que torna SP tão encantadora. Não é à toa que foi aqui que surgiu um manifesto antropofágico.

  3. por falar em paciencia tem limite,
    http://pacienciatemlimite.blogspot.com
    hehehe
    momento de auto promoção.
    marco, gosto muito do seu blog, leio faz tempo;
    nunca comentei nada, porque nao achava que tinha muito pra dizer, mas já que voce mencionou o nome do meu blog nesse post, resolvi escrever
    valeu, ate mais
    ps: só pra registrar, já estou de saco cheio de aniversário de sao paulo tambem

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