(Levítico 5 e 6:1-7)
— Bom, Moisés. Cê perguntou quando é que se deve oferecer sacrifícios.
— Pe-perguntei?
— Perguntou
— T-tem ce-certeza?
— Ô meu saco… Tenho. Olha aqui.
— Ah…
— Então. Imagine um cara aí que viu um crime e seja chamado para testemunhar. Aí quando chega a vez dele depor, ele dá pra trás e diz que não viu nada, que não sabe de nada. É culpado, tem que oferecer sacrifício. Ou então se alguém tocar algo impuro, sei lá, um bicho morto, ou nas feridas de alguém, ou em merda, vai ter que oferecer sacrifício.
— Pe-peraí, Ja-Javé. Se o c-cara e-encostar num bi-bicho m-morto, tem que o-oferecer sa-sacrifício?
— Isso aí.
— E-então v-vai t-trazer um bi-bicho a-aqui e ma-matar.
— É.
— M-mas aí e-ele t-terá to-tocado num bi-bicho m-morto de no-novo!
— Hehehe, eu sei. Boa essa, né? Nunca que eu vou passar fome!
— Que f-filho da p-puta…
— Falou alguma coisa, Moisés?
— E-eu? Eu n-não!
— Hum. Então vamos em frente. Nego que fizer juramento sem pensar será culpado. Sacrifício.
— Sa-sacrifício de q-quê? T-touro?
— Nah, nem é pra tanto. O cara vai confessar o pecado para mim e trazer uma ovelha ou uma cabra para ser sacrificada.
— Ah, t-tá… M-mas e se a p-pessoa não t-tiver di-dinheiro pra co-comprar u-uma o-ovelha ou u-uma c-cabra?
— Nesse caso pode trazer duas rolinhas. Ou dois pombinhos, tanto faz. Aceito do mesmo jeito.
— Hum. E se n-nem pra co-comprar pa-passarinho o ca-cara tiver di-dinheiro?
— Putz, sei lá! Ah, pode trazer um quilo de boa farinha e tá tudo certo.
— Tá b-bom. M-mas e s-se o ca-cara n-não ti-tiver co-como c-comprar fa-farinha?
— Ah, Moisés, faça-me o favor! Quem é que não tem dinheiro pra comprar um mísero quilo de farinha? Um cara desse, puta merda, é melhor que ele seja o sacrifício! Bom, vãopará com essas hipóteses absurdas, que ainda falta muito para terminarmos. Onde é que eu estava… Ah. Se um cara esquecer de trazer as ofertas devidas ao Tabernáculo, deverá trazer um carneiro sem defeito para ser sacrificado e assim ter seu pecado perdoado.
— E a-aí fi-fica p-perdoada a d-dívida?
— Tá pensando que eu sou trouxa, Moisés? O sacrifício é só para tirar a culpa do cara. Além do carneiro, ele vai trazer o que deve acrescido de multa de vinte porcento.
— V-VINTE P-PORCENTO??? Q-que a-absurdo!
— Tem que ser assim, se não esse povo avacalha tudo. Vamos adiante. Se um cara quebrar um dos meus mandamentos, também vai ter que trazer um carneiro sem defeito, aquele lero-lero todo. E este será o sacrifício também para quem ficar com alguma coisa que lhe foi entregue para guardar, ou não devolver o que lhe foi deixado como garantia de dívida, ou se roubar, ou agredir alguém, ou se jurar que não achou algo que de fato achou. Além do sacrifício, quem cometer qualquer dessas faltas deverá reparar o mal que fez. No caso de ter ficado com algo que não lhe pertencia, deverá devolver ao dono acrescido de vinte porcento do valor.
— Ô Ja-Javé, dá u-um je-jeito nessa m-multa aí, m-muito pe-pesada.
— Que pesada nada! Tem que ser assim, não quero que isso aqui vire uma zona. E vamos em frente, vamos em frente… O que vem agora… Ah, ofertas completamente queimadas.
— Pe-peraí, Ja-Javé. P-preciso mi-mijar.
— Vai lá, Moisés. E não se esqueça de lavar as mãos depois.
— Ih, q-que f-frescura é e-essa a-agora?
— Cê não viu nada ainda. Tô preparando umas leis aqui que cê vai ver só. Israel pode até não vir a ser uma grande potência, mas eu garanto que vai ser o povo mais limpinho desse mundo.
vc conseguiu fazer até agora esse livro ficar mais interessante!Parabens!
Acho que essas novas leis para deixar o povo limpinho não funcionaram muito!!!
Ok, como eu não costumo falar pelas costas, falei de vc no meu blog…bah, foda-se…ih caralho, falei palavrão de novo, que merda, assim vão caçar minha candidatura! Merda…
Quanto desperdício de inteligência…