Parece título de livro do Nélson Fodriks, e talvez até seja, mas na verdade não é (paradoxo detectado).
Venho por meio deste…
…
Não, não, não. Acho que esse é o início mais ridículo que pode-se dar a um texto. Já caiu no lugar-comum. Encheu o saco.
É engraçado como as tribos cibernéticas, por menores que sejam, conseguem espalhar boatos e fofocas com ligeireza tal que nem mesmo legiões de costureiras seriam capazes de igualar – e olha que costureiras são realmente habilidosas nesse ponto. Talvez essa agilidade de propagação de bobagens sem embasamento se deva à velocidade da transmissão de informações pela net, mas eu não apostaria nessa hipótese. Acredito mais no fato de que internérdicos – e aí eu me incluo na categoria, mas com algumas ressalvas que prefiro não abordar por agora – são, geralmente, desocupados. Ou pessoas que têm muito tempo livre, ou pessoas que arranjam tempo livre, mesmo que à custa de outros compromissos que, para seres humanos normais, seriam mais importantes. E isso não é uma crítica. É uma constatação. Provavelmente errônea, considerando-se que é minha, mas eu nunca disse que vocês devem seguir as minhas conclusões.
O fato é que o Marco Aurélio explicou aqui – duas vezes, inclusive – que eu e ele não tivemos nenhum atrito. E essa é a verdade. Talvez na cabeça de muita gente que têm blog, ou que têm, na visitação de weblogs, seu passatempo favorito na internet, um link seja algo realmente importante, uma representação de lealdade, uma aliança entre companheiros, ou coisa que o valha. Mas, sinto informar-lhes, não significa nem uma coisa, nem outra.
Ou pode significar, vai saber. Cada um linka blogs segundo um critério. Alguns não se envergonham de deixar clara sua posição de intercambiadores (diz aí, esse termo é legal bagaray) de links. Vão pelos comentários de todos os blogs mais conhecidos fazendo sua propaganda xarope, esmolando migalhas de atenção. Nada contra, mas, pelo menos na minha humilde e irrelevante opinião, essa é uma atitude realmente chata. Pra não usar outros adjetivos, menos qualificados. Mamãe me ensinou a me comportar direito na casa alheia, sacumé?
Outros, como eu e, acredito, o Marco, linkam os blogs que acham legais. Os que são dignos de visitas e divulgação, por abordarem temas interessantes, serem bem escritos ou engraçados. Não interessa se aquele cara que escreve assim: “hauheauhuehau axei um blog suuuuuuuuuuuuuuuuuper legauuuuuuuuuuuu hauehuaheuauheuha eh o jesuis mim xicoteia hauhuheauheha eu adro o geito q akele kara xkreve hauehuaheau” linkou teu blog ou não. Se você não acha que o dele é bom, não vai linkar de volta.
Preconceito? Segregação?
Prefiro denominar triagem. Cada um escolhe o que vai divulgar. Você pode sair por aí espalhando merda pela net, ou pode preferir mostrar, para todos seus amiguinhos, apenas o que você acha que é realmente bom.
Ou você, não gostando de brócolis, vai dizer para alguém comer brócolis? Haja sadismo, camarada!
Isso ficou confuso, acho eu, mas acho que com algum esforço dá pra sacar onde eu quis chegar.
De todo modo, eu e o Marco não brigamos nem merda nenhuma do gênero. Tive um dos meus (muitos) acessos de ódio contra quem lia meu blog, por vários motivos que, novamente, não vale a pena enumerar aqui, e fui de tal modo cabeçudo que machuquei nosso amigo por dentro. Ou quase.
Então, para preservar nossa amizade, ele achou que o melhor seria parar de ler meu blog. Como ele é um cara inteligente, percebeu que indicar para alguém algo que você não quer para si é um negócio meio idiota, e tirou o link.
Mas continuanos amiguinhos, ele ainda vai ao meu ICQ para me fazer propostas indecorosas e ser chamado de BICHA.
Então sosseguem seus reymisklaves, certo? Ainda não é agora que eu e ele vamos começar a trocar farpas.
Bem, quem sabe depois que ele acordar e perceber que eu invadi o blog dele, ele não fique um pouco chateado, né? Mas essas coisas acontecem. Ele é meu amigo, e sei que vai relevar.
Releve não, pra ver…