Dificuldades de um cérebro pegando no tranco

De uns anos para cá, venho tentando algo que pouquíssimas vezes vi alguém fazer: pensar sozinho.
Pensar sozinho é um treco muito difícil. Você tem que ir atrás de várias fontes de informação, comparar todas, estudar, comparar tudo com o conhecimento que você já tem. Aí você fica sabendo de algo novo, aprimora seu conhecimento, toca a fazer tudo outra vez. Precisa deixar de lado esquemas prontos e ir pensando o negócio desde o começo, embatucando aqui e ali, até chegar a um pensamento próprio, que é feinho que só a desgraça, todo esmolambado. Aí toca a polir esse pensamentozinho sem-vergonha, e toca a estudar, pensar tudo de novo, conferir outras fontes — quando a preguiça deixa.
Tudo isso ainda é muito novo para mim. Eu preciso estudar mais, dominar melhor o pensamento, conseguir argumentar. Saudade do tempo em que eu era um esquerdinha feliz e pegava minhas opiniões já prontas e bonitinhas na página 2 da Folha de S. Paulo…

10 comments

  1. Bem, o nome na verdade é ‘reflexão’. Doutorado está muito além de simplesmente refletir melhor sobre as coisas. Mas até concordo com o THiago, faz um MESTRADO se você é formado na área de política.
    Agora, se o interesse é só pesquisar, faz pela pesquisa em si, que é o ponto principal da carreira acadêmica.

  2. Poisé Corélio! Também acho difícil esse negócio de criar um pensamento do nada… por mais “original” que pareça, sempre tem um corno que fez melhor, ou que vai por defeito (mesmo que esse corno seja a gente mesmo)…
    È tanta informação, de tudo quanto é lado que no fim, a gente sempre termina com a sensação de que estamos nos “apropriando” de idéias e posições alheias.
    A propósito, welcome back rapaz!

  3. Querido,
    pensar por conta própria é mesmo bem complicado,mas agradeça porque você é homem…Se fosse mulher,seria algumas milhões de vezes mais complicado,com “as amigas” chorando as pitangas,as placas de promoções, o namorado, marido e em alguns casos,os extras atrapalhando o juízo,e não se esqueça dos neuronios a menos…Construir um pensamento, mesmo que seja um “feinho” torna-se quase uma missão impossível.Mas, em alguns casos a ignorância é a felicidade.
    Era bem feliz quando acreditava em coisas do tipo:
    “Eu amo você…”
    “Não vamos fazer nada que você não queira”
    “Só vou colocar só a cabecinha…”
    Bons tempos….hahahha…Mas, concluindo o testamento-comentário,não desista de construir um pensamento próprio,as vezes o tal pensamento pode até acontecer por acidente…De qualquer jeito é sempre gratificante.
    Bacana que você está de volta! :*

  4. Poxa Lavívia, tente tirar primeiro de você esse pensamento machista!
    As placas de promoções, namorados e amigas existem para todos, assim como livros e conhecimento. Cabe a você dar o valor correto pra cada um.

  5. Machista…Será?Cada um pensa o que quiser essa é a vantagem e a desvantagem do pensamento próprio.Afinal, ninguém precisa concordar em nada…
    Mas, não acho a idéia anterior machista não,eu diria realista.E a questão não é o valor dado a namorados,amigas e placas de promoções,isso foram apenas alguns exemplos das distrações do mundo feminino,que as vzs exigem tanto da nossa atenção,que pegar uma idéia pronta parece muito mais vantagem…
    Acho interessante que quando a verdade “aperta o calo” a transferência é automática…
    “Machismo danadinho,esse…que me fez pensar essas coisas do comentário anterior”
    ´Tá vendo só Marco,até quando achamos que o pensamento é próprio ainda podemos descobrir que estavamos enganados… Acho que a coisa só pega no tranco mesmo…
    😉

  6. Puta gente burra. Alguém diz que quer pensar sozinho, que quer legitimamente raciocinar, em vez de viver de recortes, repetindo uma coisinha copiada de cada lugar, e ainda há gente suficientemente estúpida para enxergar nisso um talento para a produção acadêmica. Vão vocês pra academia, seus dementes.

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