Os são-paulinos da fé

Não sei como é isso hoje. Sei que antigamente são-paulino tinha fama de gente pouco ligada em futebol. Eu e alguns amigos ainda somos assim:
— E o São Paulo, hein?
— Que tem o São Paulo?
— Cê não viu o jogo ontem?
— O São Paulo jogou?
— Mas rapaz! Que raio de são-paulino é você?
— São-paulino típico, oras.
Funciona assim: o São Paulo joga e joga, e eu nunca sei os resultados, nem a posição do time na tabela, nem por qual campeonato é esta ou aquela partida. Escalação, então, faço nem idéia: sei do Rogério Ceni, e é só. Dia desses teve um São Paulo X Santos e eu queria assistir. Haviam me dito que os dois times estavam na briga pelo título. Não lembro o resultado, mas sei que só depois do jogo fui saber que a partida não era pelo Campeonato Brasileiro, era outra coisa qualquer (é Campeonato Brasileiro isso que está rolando agora, né?).
Como eu dizia, não sei se a torcida do Tricolor ainda carrega essa pecha. A fama de torcida gay continua a mesma, disso eu sei, mas nada impede os Bambis de terem se envolvido mais com esse negócio de futebol nos últimos anos. Não vem ao caso: a fama era essa. Dizia-se que a bola passava a quilômetros da trave adversária, saía quase pela lateral, e a Independente exclamava “Uuuuuuuuh…!”, como se tivesse sido um lance perigoso.
Mas esse nariz-de-cera já ficou grande demais e eu ainda não disse a que vem a conversa: hoje estava pensando na relação que as pessoas têm com sua crença (ou falta dela), e me ocorreu que a maior parte age como a torcida do São Paulo. Um sujeito diz que acredita em Deus e pára por aí. Não considera sua fé um fator determinante de sua vida. Outro diz que não acredita, e pronto. Não pára pra pensar no vazio em que pode se tornar uma vida sem a noção da transcendência.
Eu não acredito, e sofro por isso. Queria acreditar. Queria que Deus falasse comigo, que me sussurasse alguma coisa, que me mandasse um sinal, que me desse um beliscão na bunda, qualquer coisa que me fizesse ao menos pressupor sua existência. Nada disso acontece, porém, e eu sofro. Penso na fé artificial que parcamente sustentei pela maior parte da vida, e percebo o quão ridículo era aquilo. Olho ao meu redor e vejo outras pessoas tentando equilibrar sua fé sobre os mesmos fundamentos podres que eram o arrimo da minha. Penso na minha vida, que vai acabar um dia, e ela não faz o mínimo sentido. Olho para o céu e tento imaginar o tamanho do Universo e a dimensão de minha insignificância. Chego a sentir náuseas.
Levando tudo em conta, sou obrigado a concluir algo que me causa o maior desgosto: em termos espirituais, sou corintiano.

49 comments

  1. Eu também tinha esse tipo de dúvida, me angustiava horrores, mas hoje eu relaxei. Acho que Deus fica lá de cima, quietinho, só não deixando que as nossa burrices sejam muito grandes. De resto, não dá o menor sinalzinho de vida…

  2. Quanto à última parte do post, eu lamento muito. Corintiano é tão ruim quanto vascaíno.
    Agora, quanto à parte séria… essa um dia a gente conversa com calma sobre ela, mas eu te entendo e concordo com você em 99,9% do que você disse… beijos.

  3. Eu sempre fui um corinthiano meio são-paulino. Não, não que eu torça um pouco pro São Paulo ou que seja viado. Isso nunca! Digo que nunca fui muito informado sobre como anda o Corinthians, qual a escalação ou em qual divisão do Campeonato Brasileiro ele anda jogando. Mas, diga-me, o Sócrates ainda joga no ataque?

  4. Mestre Marcurelio, concordo plenamente com o senhor quanto a crença artificial… Como meus pais são cristãos fervorosos, sempre fui educado para seguir o mesmo caminho, mas nunca tive fé, e invejo muito as pessoas que a possuem de verdade. Realmente, não crer traz um certo vasio, saber que vc está sozinho, não tem nada maior no que se sustentar, mas, ao memso tempo, crer parcamente é muito mais frustrante…

  5. E aí Marco,
    Quisera Deus q todos os cristãos fossem sinceros consigo mesmos conforme vc é. Veriam q sua fé é uma fé no dogma, na doutrina, na igreja, na cura e no carro do ano que a Corrente dos 70 promete. Ora, a fé pode ser entendida hoje com a física quântica. Ou seja, estou salvo não estando, sou pecador sendo santo, quero o bem mas faço o mal, creio mas muitas vezes vivo como se não. A questão – no meu ponto de vista – é q fomos ensinados a ter uma fé no medo e no dogma. Assim é esse nosso sistema judaico-cristão: vive do medo, da culpa e da religião e quem não se encaixa não consegue viver. Por, isso creio de fato, Deus é com você marco. O q vc ficou de saco cheio – como eu – foi com a igreja. E, quer saber, foi esses q Jesus chicoteou.

  6. Também sempre andei em busca desse beliscão, apesar de achar que ele foi dado nas pessoas com as quais aconteceram coisas estranhas a que se denominou milagres. Isso existe?! Bem, na verdade foi o relato de uma amiga que me surpreendeu. Quando é com alguém conhecido a gente acredita mais, né?! Mas sei lá…

  7. Por muito tempo declarava-me AGNOSTICO. Curiosamente, somente apos ser pai (2 anos e cinco meses atras), gradativamente foi escoando para a condição de ser um descrente e, hoje declaro-me ATEU convicto. Estou feliz de ter conseguido encontrar a tranquilidade de não precisar de deus para explicar as in/felicidades e des/graças da vida!

  8. Eu acredito em Alguma Coisa – que alguns chamam de Deus, outros de Alá, e a Bíblia do Marcorélio, de Javé.
    Sou um são-paulino típico – ou seja, torcedor fajuto.
    E pra terminar: I believe in a thing called Lillaaaaa !!!!

  9. Um amigo meu (com o qual tinha uma banda), era totalmente niilista. Sempre bem humorado e com idéias fascinates, determinado e talentoso. Largou tudo e virou “irmão”. Se tornou uma pessoa chata, vazia e estes tempos ficou gravemente doente. Difícil entender os desígnos dessa força(?) maior que nos guia…

  10. Aí, Marco… Leio esse danado desse blog já tem uns bons 10 meses e nunca falei nada porque não tinha nada inteligente pra dizer (por sinal, parabéns e não se preocupe; você está indo muito bem). Mas lendo isso de hoje, cheguei a uma conclusão: tu não é ateu porra nenhuma! Só é um cara que tá muito puto com Deus e engana todo mundo dizendo que é ateu pra ver se o Divino faz alguma coisa por você. E, lógico, também aproveita pra esculachar com os crentes fundamentalistas, atitude a qual, eu respeito muito.
    P.S.: Eu sou o mais fudido de todo mundo aqui, uma vez que torço pro América de Natal

  11. A pior coisa do mundo é filho de crente… né ñ escritor???
    Sabe um bom pedaço da Biblia de cor, concorda com um monte de consceitos mas ñ tem vontade d por em pratica…
    Sente o gostinho do “mundo” mas ñ arregaça porq acha q ali ñ é o seu lugar
    Eu tbm tenho os mesmos tipos de duvidas, mas coisinha interessante, a última vez q eu perguntei p/ Deus se ele existia mesmo, loucura né, perguntar pra alguém se ele existe, eu enfiei o carro no poste, deu P.T. no meu carro e no poste e eu sai ileso, tava d sinto… parece aquele lance, “Deus vai pesar a mão sobre vc”, mas q depois d uns lances desses e um monte d ideinhas q passam na cabeça o dia todo o cara fica meio arisco, ah fica…

  12. Marco,
    Acho que todos possuímos esses “questionamentos”. O que muda, é que cada um encontra a melhor maneira de se anestesiar dessa “dor existencial”.
    Alguns acreditam em Deus, outros na religião, na ciência, no carro do ano, etc.
    Gosto muito de ler Nietzsche, e na minha opinião, ele possui a visão mais clara, objetiva e infeliz, sobre o homem, o mundo e todas essas dúvidas que martelam em nossas cabecinhas carecas.

  13. Junão, dá licença de comentar em cima do seu post…
    Nietzsche foi um kra sensacional, filho de – se não me engano – pastor metodista (ou luterano? selá!). Mas, deixe-me fazer um comentário emocional dele: Nietzsche tinha uma paixão irremediavelmente incurável (Djavan fala q o amor é um grande laço). Penso q tudo o que ele escreve pende daí, inclusive a sua “morte de Deus” q na verdade era o grito de um kra injuriado com o que tinham (e tem feito) com o nome q inventaram: deus. Como Marx, o ópio do povo, como Gondim: a cocaína.
    Assim como ontem: Deus tá morto. o q fazer com a ruína q restou?
    Obs. Pô Marco, foi maus tá escrevendo tanto, mas o assunto é bom pra cacete…

  14. Vou te falar uma coisa meio estranha…
    Sabia que eu estava afastado da fé e voltei por causa do seu blog?
    Vc pode até achar que não, mas O Home ainda te usa.
    Aliás, acabou de usar de novo.

  15. Bonito post; só não entendi o final; ser corintiano na fé significa?
    1o) ser pobre, sem dente?
    2o) ser fiel?
    Tá, digamos que seu seja um leitor daqueles que tenta equilibrar a fé sobre os mesmos fundamentos podres que eram o arrimo da sua…
    Oras, fé é fé! O agravante é que; só a fé salva!! Agora, se tu não tens a necessidade de salvação (muitas vezes, exteriorizado por um vazio existencial), não tens também a necessidade de fé, nem tão pouco de Deus…
    Se bem que podemos considerar o post dúbio… De qualquer maneira, pra mim, Deus continua Independente (graças a Deus)!!

  16. Eu também tinha umas dúvidas assim… Mas Deus (bom, acho que foi Ele) começou a se mostrar pra mim de formas diretas através de mensagens e/ou respostas quando eu mais precisava delas.
    Num momento de angústia, uma mensagem que refletisse o que eu estava passando, num momento de raiva, uma pessoa para me dar um bom conselho.
    Muitos chamam a isso coincidência, ordem das coisas no mundo. Eu chamo fé.
    E fé, meu caro Marco Aurélio, é um sentimento muito particular pra ser ensinado ou dividido.

  17. comigo é bem ao contrário. corintiana de time e são-paulina de fé. só que na correria que eu tô, nem o corinthians tá ganhando atenção suficiente.
    beijos, moço. cuide-se.

  18. Passei um tempo da minha vida pensando como seria admitir realmente que não acreditava mais em nada. depois pensando o que isso significaria pra mim, achei mais divertido a liberdade que dá a sensação de desapego com tudo, e também o sofrimento que é forjar uma própria ética, e viver com ela. Não é fácil não acreditar em nada, mas fácil é receber os valores pré-editados e engolir goela abaixo, sair pensando que o que eu não recebo aqui, eu ganho lá no pós-vida.Assholes

  19. Fora de contexto… Marco, quando será o lançamento do Balde No Gelo? Terá os mesmo capítulos do blog, ou haverá coisas novas também, ou só novas? Abraço.

  20. Bom quanto a fé eu já passei por essa situação, mas abandonei a igreja e suas doutrinas e não a Deus. Acho que se vc parar pra sentir dentro de vc (e não na bundinha), vc encontra Deus.

  21. Meu rapaz, encontrar DEUS não esperar beliscão na Bunda ou coisa semelhante. Encontrar DEUS é acreditar que somos importantes neste mundo e capaz de sempre muda-lo para melhor.
    Rapaz se eu acredito que o Querido Flamengo não vai cair para Segunda Divisão. É claro que tenho que acreditar em Deus, milagres, macumba, reza forte, sangue de Cristo tem poder entre outros votados.
    Um grande Abraço

  22. Que coincidência! Hoje de manhã estava conversando com uns alunos meus exatamente sobre isso…
    Sei lá… não gosto muito de me meter nesses assuntos, mas já que você colocou aí no seu blog pra todo mundo comentar…
    Eu acho que você está procurando Deus no lugar errado e da forma errada.
    Acho melhor eu parar por aqui, senão a coisa vai ficar muito filosófica.

  23. M,
    quanto a explicação do Vandão citando Física Quântica…só berrando como a torcida do SPFC: HUUUUUUU….
    Tento resolver equações diferenciais complaquidas pra carrilho e não entendo direito o negócio, ele lê seu post e simplifica: “…A física quântica taí pra explicar!” Affim é soda!!!
    ***
    M, o negócio é o seguinte: Penso que o seu problema é acreditar em Deus e não saber disso. Vc sofre por tentar não acreditar sem conseguir. Caso contrário, por que pedir um sinal de existência para alguém q vc crer inexistir?
    O problema é q nossa mente é complicada demais e nós simplificamos tudo!
    Smaaaack :-*

  24. Sabe, Marco! Eu me identifico muito com os seus textos, mas com esse me identifiquei mais ainda. Às vezes eu penso como o ser humano é um animal complicado… Como somos insignificantes diante da grandiosidade que existe lá fora. Penso que os seres humanos são muito imcompletos. Tentam achar alguma explicação para sua insignificância e, para isso, se apóiam em suas fés, pois é muito difícil para nós admitirmos que estamos sozinhos e que esse mundo em que vivemos é de nossa total responsabilidade. Foi preciso criar algo maior e mais poderoso para dividir conosco essa árdua tarefa de viver.
    Um beijo enorme!!

  25. Gaviões da Fé!!Gaviõeees eeeeôôôôôôô!!
    Pra falar a verdade, eu sou um corintiano/sãopaulino não acompanho porra nenhuma, nem tô me lixando pra se ganha ou perde… mas sei que a torcida faz barulho.

  26. Dá licença de comentar, pq tava ouvindo uma música legal e achei que tinha a ver… “I don’t need no one to tell me about heaven. I look at my daughter and I believe. I don’t need no proof, when it comes to God and truth, I look at the sunset and I perceive” by Live, in Heaven.

  27. Rapaz, esse negócio de ficar se questionando sobre a sua insignificância frente a imensidão do universo é coisa de gente maluca. Vai por mim, eu sei.
    Tanto é coisa de maluco que apareceu um monte de psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, psicagogos, psicastênicos, psicodramistas, psicodramáticos e outros psicos para fazê-lo deixar de psicologar sobre o assunto.

  28. Fala Mileva,
    Ri na boa do teu post. não ri de vc. mas realmente ri do q ficou “explicado” de minha parte. não tinha e nem tenho a pretensão de tentar explicar as coisas…
    acho q nada saber é o melhor. por isso a física quântica ajuda. não nos seus presupostos técnicos mas nos seus presupostos teóricos. na física quântica as coisas estão ali não estando… sei q é simplicação, mas é por aí…
    resumindo, não disse e não quis dizer: “…A física quântica taí pra explicar!” mas simplesmente para ajudar a entender: Deus é porque foi e será. Entendeu? Nem eu…
    beijão pra vc e pro marco,

  29. “Eu não posso acreditar em Deus!!! Não faz o menor sentido!!! e tem mais, cada vez que eu olho pros chamados ‘representantes’ dele na Terra, aí é que a vaca vai pro brejo!!! esses pastores-políticos, por exemplo, ou os padres pedófilos, como eu posso dividir a mesma crença que eles? e se Deus existe, porque o mundo é assim cheio de injustiças? os barrigudinhos africanos que nem fazem idéia de quem seja esse nosso Deus, passando fome, contraindo AIDS, e os americanos, fanáticos, cheios de sua falsa moral, montados na grana e montados no mundo… dá pra acreditar em Deus?”
    É foda… mas eu acredito e, por mais que venham contestar, de uma forma ou de outra… tá tudo escrito, tá na Bíblia… Primeira vez que eu acesso teu blog, e já fiquei de cara! Parabéns!

  30. Cara, é a primeira vez que entro aqui… o seu site é muito bom… vou comentar esse texto, pois ja tive os mesmos pensamentos. Tbm pensava assim: O Deus que todos falam esta dentro de vc…cabe vc decidir se vai fazer o bem ou o mal. Tbm caia na ignorância de pensar: putz…se a Igreja Católica é algo de Deus…por que ela matou tanta gente em suas Cruzadas!? Será que Deus existe?! Bom…vou resumir: – primeiro… saiba diferenciar Deus do Homem…nunca se esqueça que a Igreja é feita por homem (pecadores acima de tudo) e que Deus é um ser no qual o Homem jamais terá poder igual. Se a Igreja é feita de homens…isso explica o por que das matanças nas Cruzadas…os homens cegos pela imagem errada criada por eles mesmos em relação a Deus achavam que quem não acreditava em Deus…tinha q morrer (com isso os Homens passaram a achar que eram Deus e deixaram de lado a coisa mais importante: a vontade das coisas que devem ocorrer aqui, não é a do Homem e sim a do Criador) …Realmente o bem e o mal é nós q decidimos como realiza-lo…mas é essa escolha que nos torna bem ou mal visto aos olhos de quem criou tudo… Uma leitura do livro do apocalipse…da até medo, pois é uma profecia forte…as vezes…até difícil de acreditar…só que quando se faz apenas o bem…quando vc le o apocalipse e ta sem peso algum de algo mal que vc tenha feito…vc vai ver q é algo único…é muito relativo ter duvidas…mas acreditar em algo que não se ve …algo que não se sente…assim como aquele apostolo, que eu não lembro do nome agora, acho que é Thiago, que precisou sentir as feridas nas mão de Cristo qdo Ele ressucitou, mtos homens só acreditam assim… Deus não quer isso…pois isso é mto fácil…acreditar no que se ve, no que se sente….reflita mais sobre essas coisas…Uma outra questão q outras pessoas fazem é: O que havia antes da criação!? Cara…isso não cabe a nós sabermos…pelo menos Deus não nos revelará isso enquanto Ele ache necessário…o homem é servo…e precisa de Deus…agora Deus é Mestre e não precisa do Homem (Ele quer precisar)… parece complicado…mas creio que logo as coisas encaixam na sua cabeça…por favor não to pregando palavra…estou lhe passando um entendimento que tive….hoje em dia as questões em minha vida são outras…mais fáceis de se achar as respostas…e sou feliz assim…se isso lhe ajudar…ja fico feliz…Boa sorte na sua jornada do entendimento das coisas…Grande Abraço

  31. Não precisa ver o invisível e ouvir o inaudível pra saber se Deus existe! Estude qualquer ciência: física, química, biologia etc. Vc vai ver que para existir um equilíbrio tão perfeito na natureza seria necessário que algo ou alguém inteligente tenha a criado! Se olharmos para os lados e vermos o mundo e para cima e vermos o universo e quão pequeno e insignificantes ainda somos talvez vc consiga tirar esta conclusão.
    Em último caso, quando vc tiver à beira da morte vc vai se convencer que Ele existe e que a sua existência não acabará por aí!

  32. Cara, também é a primeira vez que acesso o teu blog, e já dou de cara com uma discussão dessas, bem legal mesmo, até melhor que o post são os coments. Eu sou agnóstico (como aquele famoso candidato que perdeu a eleição em 85 em São Paulo porque disse isso…), na verdade não tenho como afirmar se Deus existe ou não, tudo que posso fazer é me condenar a uma eterna dúvida, porque na minha opinião não dá pra ser ateu, você vai acreditar que Deus não existe, como você pode acreditar em coisas que você não tem conhecimento, não tem como afirmar ou ao menos como tentar provar? Toda verdade é relativa e a da fé (em Deus ou no nada) é uma dessas verdades absolutas que carecem de base para se afirmarem, infelizmente não dá para afirmar nada a respeito de coisas tão metafísicas como a existência de Deus, o início e a expansão e/ou contração eterna do universo, e todas essas outras coisas. Portanto, a minha sensação não é de vazio e sim de incerteza, pois uma verdade absoluta (a crença em Deus ou o ateísmo) nunca poderá ser alcançada.
    Agora, se Deus existir, pode ter certeza que ele torce pro Vasco!!!

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