Transpiauí: um lançamento proctológico

Lá fui eu para a Vila Madalena para prestigiar o lançamento do primeiro livro do temido Mr. Manson, culpado pelo Cocadaboa. Em cima da hora resolvi que era mais prudente não levar meu frango depenado. Manson é famoso por sua agressividade, não sabia como ele poderia reagir quando golpeado na cabeça com uma ave. Fui, portanto, desarmado. No metrô encontrei uma amiga mui querida e fomos para o bar. Eu não lembrava onde era a Mercearia São Pedro, mas meu senso de direção é infalível: depois de subir uma rua, voltar, entrar numa rua sem saída, subi uma escada, eu finalmente encontrei o lugar. Com a ajuda do taxista que nos levou até lá por R$ 4,70. Mero detalhe.
Chegamos ao bar e encontramos o mundialmente famoso bobmacjack, e aquela gostosa da Daniela Abade. Conheci o editor, Vela, que estava todo serelepe e orgulhoso. Vi o autor no meio de uma muvuca, achei melhor deixar pra falar com ele mais tarde.
Minutos depois, Mr. Manson veio até a nossa mesa. Chorava aos soluços. Trazia nas mãos um exemplar de seu livro, Transpiauí: uma peregrinação proctológica.
— Por que você não fala comigo, Marco Aurélio? POR QUÊ?
— Acalme-se, sua bicha.
— Eu estou muito sensível hoje, sabe? VOCÊ NÃO PODE ME TRATAR ASSIM!
Foi um choque. Então o homem mais temido da internet brasileira não passava de uma biba histérica? Foi difícil para mim digerir essa nova informação. Mesmo porque ele continuava ali, em pé ao meu lado e chorando. Fui salvo por Rosana Hermann, que veio até nós e levantou o ânimo do rapaz com adjetivos como “poderosa” e “vitaminada”. Manson voltou para sua mesa. Quando vi que ele estava mais calmo, fui até lá para comprar meu exemplar. Os olhos da biba brilharam. Ele começou a chorar de novo e se pendurou no meu pescoço. Constrangedor. A crise durou menos dessa vez, porque o Vela teve a presença de espírito de esbofetear a descontrolada, e ele conseguiu enfim escrever uma dedicatória:

A letra estava trêmula, como vocês podem ver, mas ainda assim foi uma bela demonstração de autocontrole.
Quebrado o gelo, foi tudo mais tranqüilo. No fim da noite eu, Ale Félix e seu maridón fomos nos sentar perto de Mr. Manson. Foi coisa triste de se ver. O autor tomava Coca-Cola light levantando o mindinho, enquanto o editor ficava controlando seus atos. Pelo que entendi eles são um casal, não sei. Mas pelo menos o Manson não teve mais nenhuma crise de choro.
Hein? O livro? Sei lá, não li ainda. Depois eu falo mal dele aqui.

25 comments

  1. Coitado desse cara, o autor do livro. Isso é sério. ahsuahsuhaushahsuahsa
    Vc nunca respondeu um comentátio meu, tudo bem que seria muita coisa eu querer que vc respondesse, mas é que eu moro em Curitiba e já li várias vezes vc falando dessa cidade aqui… então sempre pensei. “poxa, de repente eu convido esse cara pra tomar umas cervejas, ou refrigenrantes, ou água, sei lá” … não to te chamando de palhaço, por favor nao me interprete mau, mas deve ser divertido conversar com vc…!
    Bom é isso, um dia..de repente.. me responda…pois esse comentário nao é propaganda do meu blog e sim um coment de elogíos a essas coisas doidas que vc escreve e que me fazem rir muito.. ahsuahsuahsuahushauhsas
    bjo

  2. Ana, releia a frase que você questionou, entendendo o “para mim” como se fosse um aposto. Ficaria, então, “foi difícil, para mim, digerir…”. Apenas não veio com as vírgulas, que ficam subentendidas. Ou seja, a frase está corretíssima. E desculpa o mau jeito.

  3. Duas duvidazinhas:
    1) “pendurou no meu pescoço”. Que pescoço ?!
    2) a data na dedicatória é 18/05/05 ou 18/04/04 ?
    Inté,

  4. Fui no pré-lançamento do livro aqui no Rio, mas já conhecia o Manson. Ele já foi na minha casa beber e falar de homens bonitos da TV. Não é meu tipo por conta da barba, mas o garoto bebe bem.
    PS: Gostosa é a palavra certa para a Dani Abade. Vou anotar esta referência.

Deixe uma resposta para *_*DangerGirl*_* Cancelar resposta