Para desfazer um mal-entendido

Esse post foi um dos que geraram maior número de interpretações errôneas desde que comecei com esse negócio de blog. E pior: dessa vez boa parte da culpa foi minha mesmo, por partir do pressuposto de que vocês estão dentro da minha cabeça, e portanto sabem o que eu estava pensando quando o escrevi. De forma alguma: minha caixa craniana é grande, mas não chega a tanto.
Peço perdão aos que se sentiram ofendidos com o texto. De verdade. Nunca me passou pela cabeçorra rechaçar tentativas de aproximação. Ou como vocês acham que eu fiz tantos novos amigos nos últimos dois anos (desde a Clarah, a primeira pessoa que conheci através do blog, até Dona Nilda, a mais recente)? Aprecio demais os emails que recebo, a preocupação sincera de algumas pessoas quando me mostro meio borocoxô, as críticas bem argumentadas, os elogios contidos.
Há algumas semanas, por exemplo, recebi emails muito carinhosos que me ajudaram a superar uma situação meio tristonha. Emails do tipo “Oi, você não me conhece, mas leio o que você escreve há algum tempo, então queria só saber se está tudo bem e dizer que pode contar comigo se quiser conversar com alguém”. Como é que eu ia deixar de gostar de algo assim? Gosto muito, é óbvio, e sou muito grato a essas pessoas que, sem me conhecerem, demonstram esse tipo de sensibilidade.
Meu problema é outro. É com nego que comenta ou manda e-mails do tipo “Ô, acabou o namoro por quê?”. Oras, façam-me o favor! Eu só admito perguntas assim quando são feitas pelos meus amigos íntimos. Nunca respeitarei um zé-mané que, nunca tendo me visto, arroga-se o direito de querer saber sobre minha vida. Não admito isso. Há quem goste; eu não.
Portanto, meus queridos, não se avexem: vez em quando eu escorrego e falo besteira, mas amo a quase todos. Há os imbecis, é claro, mas que graça teria o mundo se só existissem pessoas de bom senso, como nós?

37 comments

  1. Lendo este post e refletindo, tenho que lhe pedir desculpas por ter a alguns meses achado que “peças ridículas do vestuário” eram suas cuecas. Realmente não tenho nada com isso… Prometo não me meter mais.

  2. Marco, eu fiquei meio chocada com a sua opinião sobre “O Massacre da Serra Elétrica”. Não sei qual versão do filme você assistiu, mas a original, dos idos de 1970, deixa bem claro que o que se passou é uma história real, e não simplesmente um filme de terror…

  3. Muito bacana seu comentário e… verdadeiro o que é melhor.Entrar no post já faz parte do meu cotidiano e me divirto muito com seu humor negro. Meu pedido enquanto leitora assídua é que vc continue sinceramente ácido e sarcástico e em situações que valham a pena, deixar um recado como esse. Bjs, Marco Aurélio, até mais!!!
    Aline.(Campo Grande, MS)

  4. Pense em quantas risadas já foram dadas as custas de imbecis…sem eles com certeza este mundo não seria o mesmo…então um viva aos imbecis, que mutias vezes nos torram o saco, mas outras tantas nos dão belos motivos de entretenimento e boas risadas…hehehe…Abração a Todos

  5. Fique tranquilo Marco, pessoas como eu q te acompanha sempre, msm sem te conhecer pessoalmente ou sequer ter trocado email’s, te entendemos ou pelo menos tentamos e compreendemos esses tipos de deslizes.Bjos

  6. Hummm…tá bão! Então eu volto com a minha proposta de te apresentar uma amiga (rorrô) e você para de ser um ovni anti-social!
    Brincadeirinha, na verdade quando eu li, simplesmente adorei o tal “post do mal entendido” – eu recebi o link em primeiramão de uma amiga minha, que estava cascando o bico e dizendo que “isso sim é ter personalidade!” a respeito do que vc havia escrito.
    Acho que vc escreve muito bem, e que isso é o reflexo da sua personalidade – o que o torna tão interessante e alvo da curiosidade de tanta gente encherida (gente como eu? hum, espero que nao!rs). Portanto, apenas peço para que vc não pare, que continue escrevendo e escrevendo (é muito bom ler os seus textos, ó caro escritor de extremo bom senso), afinal vc tem se mostrado muito rabugento e até desanimado ultimamente…e isso é só uma fase, não é?! 🙂
    Boa sorte aí com suas escrituras e com sua tentativa de preservar suas intimidades! 😛
    bjos,
    Renata

  7. Marco, querido
    Prove que nos ama e tire da cabeça a idéia de nos cadastrar. Já somos tratados como bezerros em muitos outros sítios da rede. Faça um enquete e veja quantos cornos gostariam de ter que se cadastrar no JMC…é uma crueldade Marco, mesmo que isto ofereça vantagens…ponha a mão na consciência, homem!
    abraço forte, Andre Dahmer

  8. Tudo bem, Marco? Cara, dificilmente eu comento por aqui, mas desta vez não resisti: tenho certeza absoluta de que seus amigos de verdade não ficaram ofendidos com o seu post. Pelo contrário: seguem admirando a sua postura e torcem pra vc seguir firme, apesar de tantos aborrecimentos. Grande abraço!

  9. E são através dessas manifestações de carinho que vc faz publicamente no blog que pessoas retornam sempre, mesmo discordando em quase tudo que vc escreve…como eu…hahaahahahah
    Beijos…

  10. ta, td bem…
    mas qd alguem te escreve perguntando sobre uma curiosidade natural (q nem eh sobre a sua vida pessoal), vc bem q podia, pelo menos, responder mandando a merda… 🙁
    sacanagem…

  11. Calma, amiguinho. Tu sabe que tu é superior a esse tipo de gentinhazinha. Apenas ignore-os. Jesus, aquele surfista parafinado porco capitalista, sempre te acompanha (ou não).

  12. Marco, desculpe, mas essa sua “volta atrás” (desfazendo o mal-entendido) só serve pra reforçar ainda mais o sentimento de amizade que seu visitante sente por você. Quase todos os posts (à exceção dos bíblicos) tratam o visitante com a lingüagem que a gente reserva aos amigos, você fala de seus problemas e alegrias, informa a todos sobre seu novo namoro (mostrando várias fotos da moça, como se faz aos amigos) e, logo em seguida, apresenta o final do namoro e sua frustração. Desculpe, mas não dá pra não se sentir seu amigo. É você que faz isso. Você estranha a popularidade quando é interpelado no shopping por um casal de admiradores. São coisas dessa fama. Sérgio Faria (do Catarro) não tem esse problema. Ninguém nunca viu a cara dele em blog. Luis Fernando Guimarães falava sobre isso há um tempo atrás (“o próximo que me der um tapa nas costas vai levar uma porrada na cara!”). Na minha opinião, haveria duas maneiras de resolver: ou você fecha os comentários, ou os atura. Mas “aturar” não poderia ser visto por você como “engolir desaforo”. Seria apenas entender que a (aparente) amizade que você dispensa ao seu público pode ter (e sempre terá) resposta. E também seria bom aprender a ignorar essa resposta, sem dor nem prazer, quando for o caso. Era isso. Abraço.

  13. Bom… Dando minha humilde opinião, existe aquele que quer saber por curiosidade e aquele que quer a fofoca.
    “Se terminou” é uma coisa, agora “porque terminou” é o fim da picada!!

  14. Ufa! Que bom que o mal entendido foi desfeito. Agora sei que você é meu amigo, viu! Amigo, AMIGO! Posso até desfazer o altar que montei com as fotos tiradas do emotionrélio. Elas estão meio sujas de sangue, sabe? Mas não fiz por mal. E só essa voz que não sai de dentro da minha cabeça. Mas isso é normal, vc entende né? A voz vem e vai, de acordo com o seu humor. Ela berrava quando vc disse que não era meu amigo, porque sei que vc escreve só pra mim, não é, amigón? Quieta! Quieta, ele já disse que é nosso amigo! Meu amigo! Não não vou reparti-lo em dois… Pára!
    Ok, que bom que tudo está esclarecido. Abração, amigão 😛

  15. Vc não instalou a parada do cadastro ainda né? Pensei melhor, talvez voce devesse abrir mais um blog só pessoal e deixar este aqui só com as escrituras.
    Exclusivamente pros amigos voce passa o link do pessoal, ou então não passa pra ninguém. Porque não tem como como vc contar sua vida pessoal aqui e neguinho não ficar se achando íntimo. É o que vem com a fama.

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