Chateação

A regra para comentar o post Preguiça tinha o objetivo de evitar discussões inúteis. Mas adianta alguma coisa? Claro que não! O Walter (ah, Walter…), por exemplo, saiu-se com essa:

…a porra do filme é, sim, anti-semita PACARALHO!
E digo mais: se o filme é FIDELÍSSIMO à Bíblia como você disse (o que eu duvido – sempre é uma interpretação da interpretação da interpretação…), então a porra da Bíblia também é anti-semita PACARALHO!

E, para completar, vem o Asmodeu e sapeca essa:

Será que o evangélio é tão puro assim? Não contém nem um pouco de anti-semitismo?

É verdade, meus caros, é bem possível que os Evangelhos sejam anti-semitas. Claro. Livros escritos por quatro judeus (apenas um deles, Lucas, não nascido na Judéia) têm uma grande probabilidade de serem anti-semitas. O são de tal forma, aliás, que eu acho que deveríamos mudar os nomes dos evangelistas para Himmler, Goebbels, Goering e Hitler.
Cada uma…

49 comments

  1. A prova de que os evangelhos são muito anti semitas é a famosa frase de Mateus sobre o sangue que cairia sobre todos os judeus e seus descendentes por causa da crucificação e que Hitler “adotara” como slogan para toda aquela merda que foi o holocausto

  2. eu entendi sim, prinicplamente por que vc grifou sua ironia mas não é verdade que (sendo bem simplista) o que difere os judeus dos cristãos é que os primeiros não aceitaram jesus como o messias e os segundos (dah) sim e estes que escreveram os evangelhos estavam mais para a segunda categoria?(desculpa se continuo serndo burra, vc é bem mais culto neste assunto do que eu)

  3. Karina, para começar, desculpe-me pela grosseria. Sua resposta educada quebrou minhas pernas.
    Quanto à sua pergunta: as coisas não são tão simples assim. A princípio o Cristianismo era mais uma seita dentro do Judaísmo do que uma religião independente. Além disso, entrar para essa seita não implicaria em deixar de ser judeu. Judaísmo não é só religião: é cultura, etnia e, no caso de três dos evangelistas, nacionalidade. Isso é válido até hoje: um judeu convertido ao cristianismo torna-se judeu messiânico, como bem observou o John num post recente.

  4. realmente… seria como dizer que existe um petista neoliberal… que cabeça a minha.
    Seria realmente absurdo achar que haveriam judeus anti semitas, assim como negros racistas ou mulheres machistas.
    Desculpe sinceramente marco, mas o seu simples não concordar com algo costuma ser mais loquaz e menos jocoso.
    Mesmo assim respeito sua opinião, no entanto mesmo assim me farei minha pesquisa, uma vez que não conheço quase nada sobre o crisitianismo por minha família ser budista.

  5. Não acho que a Bíblia seja anti-semita. Acho que o mundo se tornou pró-semita. Hoje é feio falar mal de judeus. Ou algo que pareça mal. Talvez, um dia os árabes consigam a mesma coisa. Mas por enquanto, só os judeus. E isso tem implicações bem claras, acho.

  6. Me surpreende você tomando uma posição tão tradicional sobre a autoria e composição dos evangelhos (se é que isso não foi ironia também). Especialmente o Evangelho de João, o mais anti-semita de todos em minha opinião, foi escrito fora da Palestina, na Ásia, por uma comunidade (não uma pessoa) gentílica. Anti-semita. E Marcos que foi escrito de Roma por alguém que nunca pisou na Palestina? As pistas textuais favorecem essas teses. Porém, o mais importante de tudo que diz a Bíblia é que nem judeus, nem romanos mataram Jesus isoladamente. Toda a humanidade O matou (os nossos pecados), mas Ele mesmo deu Sua vida voluntariamente. Gibson foi muito feliz na citação desses textos no filme.

  7. Ela poderia ter sido escrita pelo proprio crucificado, mas foi em aramaico ou alguma dessas linguas mortas, traduzida para o grego , para o latim e depois para um monte de linguas. Distorções das mais diversas podem ocorrer, por erro ou com propósitos diversos (Lembra do O Nome da Rosa?) O filme é fiel ao que está na versão católica mais atual do evangelho.

  8. E daí se o filme é anti-semita ou não? Onde fica a liberdade de expressão?
    Ninguém é obrigado a gostar do filme (eu nem assisti), mas é incrível como o direito do Gibson de ter uma opinião é contestado quando esta se choca com o senso comum vigente.
    Por outro lado, religião não envolve lógica, envolve fé. Você crê ou não. Simples.
    []’s

  9. O Evangélio é coisa de Asmodeu, mesmo ! Tão bom ver tantas pessoas entelegentes comentando aqui. Como disse um lá embaixo, é uma verdadeira orda de jênios !

  10. Acho que o filme é, dizem anti-semita, assim como a biblia, dizem outros. Entretanto o fato de, sei lá nem sei porque dou esta opinião, ser anti-semita é no minimo ser contra os Judeus.
    Alias, disso eu nao entendo bem mas falo o que ouço, alias – porque estamos discutindo sobre um filme – mais um – sobre o tema. Morreu na cruz, outros morreram e ninguem faz filme: Morre-se na rua e ninguem faz filme.
    Judeu, palestino, criolo, branco …vão morrer e vão – dependendo da crença – pra algum lugar e me pergunto importa mesmo saber se o judeus são ou nao anti-semitas consigo mesmo.
    Alias soube de uma coisa interessante em minha aula de quimica.
    A diferença de dissolução e solução –
    Dissolução é um judeu caindo em um tonel de acido sulfurico e solução era se todos coubessem neste tonel.
    Bem, viva os palestinos, as bichas, os negors e todas a minorias – ou maiorias desorganizadas. porque nos dão o prazer morbido de fazer justiça pelo menos nas piadas
    Um beijo Marco – vc é o meu patrão no GTA

  11. É por isso que eu não discuto, sabe?
    Não manjo porra nenhuma de evangelho e ainda acho que Jesus era tipo um hippie. Uma pessoa dessas pode falar alguma coisa?
    Nem.
    Se todo mundo fizesse isso o mundo seria mais feliz e essa polêmica sobre o “anti-semitismo pregado ou não” no filme sequer existiria =]

  12. Oi Marco, creio em Jesus como meu Salvador e adoro seu blog…Será que pode existir um paradoxo nesta afirmação? Creio q na opinião de alguns evangélicos, (ou crentes, ou cristãos, se lá!)seria,mas na minha não.
    Uma das coisas mais lindas que aprendi com Jesus foi o fato dele acolher todo tipo de gente.No caso de Bartimeu, por exemplo, estava à margem da sociedade e Jesus ouviu mais um grito de um excluído, transformou a sua vida, não só porque o curou mas, creio eu, em função do carinho que teve com ele, dando-lhe atenção enquanto o resto da sociedade o rejeitava.
    Quando li seu blog a primeira vez, confesso que me chocou. Mas com o tempo passei a visitá-lo todos os dias. Mesmo vc me negando algumas respostas. Tudo bem, o que vc vai querer com uma fã que não sabe nem 1/10000 do seu conhecimento. Acho que não consegui cativar sua amizade, vou me contentar com o blog. Só queria aprender mais com vc.
    Mas o fato de eu ter escrito esse comentário é q na minha humilde opinião, falar de maneira tão agressiva em relação à crença de outra pessoa, pra mim soa como uma opressão. Mesmo pq vc deve saber q existem pessoas sadias e inteligentes que tem a Bíblia como guia de vida e não como uma lista de regras para oprimir e anular a consciência de cada um.Concordo q existem denominações q distorcem mas vc não pode rotular. Concordo com muitas das coisas q vc escreve e não concordo com muitas outras, afinal tenho opinião própria, mas nem por isso mando um comentário pra vc te ofendendo. Esses comentários do último post me deixaram tristes, não pela opinião deles mas pelas ofensas. Desculpe o desabafo.
    De sua fã incondicional.

  13. … (ah..)
    “O Filho do Homem olha fixamente para a tela, encara os espectadores e afirma: ‘vocês me perseguiram. Agora serão perseguidos'”.
    (…)
    “Deus feito Homem se volta para Pôncio Pilatos [padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado…] e o perdoa, afirmando, porém: ‘Mais culpados são aqueles que me entregaram a você'”.
    Nunca li os Evangelhos. E é óbvio que quando eu falei que a Bíblia era anti-semita eu estava sendo irônico (talvez eu devesse ter grifado, também). Mas o filme é. Não porque “retrata a Bíblia, que afirma que os judeus pediram a morte de Cristo”, mas porque perdoa todo mundo (até o louco do Herodes), menos os judeus, e ainda diz que eles “serão perseguidos”.
    E ainda não acredito que o filme tenha sido FIDELÍSSIMO à Bíblia.

  14. Chateação é: 1 ateu + 6 dúzia de católicos + judeus revoltados + um monte de bloggueiros com tempo de sobra (vagabundos como eu)= Discussão Interminável!
    Decidam-se logo…Existiu este ódio ou não. E o foco ainda está no filme ou já estendeu-se ao restante do Livro Sagrado.
    Um Bom final de semana a todos…

  15. eu acho esse termo, anti-semita, uma bobagem. usando o comentário do panthro como gancho: hoje em dia, criticar judeus é mais feio que encoxar a mãe no tanque na sexta-feira santa… que saco, não? fico me perguntando porque será que não ficamos cheios de não-me-toques ao falar dos japoneses, por exemplo, que foram massacrados na segunda guerra. ninguém fica horrorizado de falarmos de japas. mas fala mal de judeu pra ver… viraram intocáveis. qual é o problema se o filme tem rancor cristão? e os filmes do holocausto, não têm um PUTA rancor com alemães? e os filmes de guerra todos? bom, enfim, não vi o filme (e verei) mas no fim das contas, desconfio que ele deve tratar menos de conflitos raciais/étnicos/religiosos e mais de questões espirituais. verei e depois comento de novo. beijocas, marcorélio!

  16. Opa, finalmente um assunto que conheço um pouquinho pra falar de catedra. Via de regra, Goering não foi anti-semita! Ele compactuou sim com a tal solução final, holocausto ou seja lá nome que queiram dar ao inominável massacre de judeus na IIWW. Porém, Goering não tinha nenhum sentimento especial contra ou a favor dos Judeus, e isso fica bem claro em todas as suas biografias. Goering tinha sim um sentimento todo especial por duas coisas : Poder e riqueza. E aparentemente ele delegou e se omitiu de todas as decisões desde que as mesmas significassem um aumento de seu poder e riquesas pessoais.
    O resto da lista tá mais do que certo 😉

  17. A propósito, não sou judeu nem tenho amigos judeus (não que eu saiba, ao menos). Sou de origem italiana/portuguesa, tenho formação católica tradicional e não freqüento a Igreja e nem sei direito no que acredito.
    E o errado não é “falar mal” de judeus, ou negros, etc. O errado é “falar mal” apenas por serem judeus, negros, etc. O que o Mel Gibson fez não foi exatamente isso, mas ele justificou quem o faz (afinal, se eles perseguiram, então devem ser perseguidos).

  18. Marco Aurélio: já passou da hora de vc parar de profanar o nome do Senhor. As Escrituras não mais aguentam tanta humilhação e acusações do Lucifer que, este sim, era anti-semita. Um conhecido do meu pai fez um pacto com o capeta, e enriqueceu, mas aposto que, qdo morreu, foi pagar boquete pro Demo. Oras, quer pagar boquete pro demo? Então é só continuar com q está fazendo! Eu avisei!
    Comentário do autor: Este eu TIVE que aprovar…

  19. Parece que essa discussão sobre anti-semitismo no filme é interminável. Cada um acha o que quiser. O que eu acho é que a Paixão na versão do Cordel do Fogo Encantado é muito melhor:
    Jesus no Xadrez
    No tempo em que as estradas
    Eram poucas no sertão
    Tangerinos e boiadas
    Cruzavam a região
    Entre volante e cangaço
    Quando a lei era no braço
    Do jagunço pau mandado
    do Coroné invasor
    Dava-se no interior esse caso inusitado
    Quando Palmeiras das Antas
    Pertencia ao Capitão
    Justino Bento da Cruz
    Nunca faltou diversão
    Vaquejada, cantoria
    Procissão e romaria
    Sexta Feira da Paixão
    Na Quinta Feira Maior
    Dona Maria das Dores,
    No salão paroquial
    Reuniu os moradores
    Depois de uma preleção
    Ao lado do Capitão
    Escalava a seleção
    De atrizes e atores
    Todo ano era um Jesus,
    um Caifás e um Pilatos
    Só não mudavam a cruz,
    os verdugos e os maltratos
    O Cristo daquele ano
    foi o Quincas Beija-Flor
    Caifás foi Sipriano,
    Pilatos foi Nicanor
    Duas cordas paralelas
    separavam a multidão
    Para que pudesse entre elas
    caminhar a procissão
    Quincas conduzindo a cruz
    Foi num foi advertia
    O centurião perverso
    Que com força lhe batia
    Era prá bater maneiro!
    Bastião num entendia
    Devido um grande pifão
    Que tomou naquele dia
    Dum vinho que o capelão
    Guardava na sacristia
    Cristo dizia: Ô rapaz, vê se bate devagar,
    Já tô todo encalombado,
    Assim não vou aguentar!
    Tá com a gota pra doer,
    Ou tu pára de bater
    ou a gente vai brigar
    Jogo já essa cruz fora,
    tô ficando aperreado
    Vou morrer antes da hora
    De ficar crucificado!
    O pior é que o malvado fingia que não ouvia
    E além de bater com força ainda se divertia
    Espiava prá Jesus, fazia pouco e dizia:
    Que Cristo frouxo é você,
    Que chora na procissão?
    Jesus pelo que se sabe
    Não era mole assim não.
    Eu tô batendo é com pena
    Você vai ver o que é bom
    Na subida da ladeira
    da feira de Fenelon
    O couro vai ser dobrado
    Até chegar no mercado
    A cuíca muda o tom
    Naquele momento ouviu-se um grito na multidão
    Era Quincas, que com raiva,
    sacudiu a cruz no chão
    E partiu feito um maluco prá cima de Bastião
    Se travaram no tabefe,
    Pontapé e cabeçada,
    Madalena levou queda
    Pilatos levou pancada
    Deram um cacete em Caifás
    Que até hoje não faz nem sente gosto de nada
    Desmancharam a procissão,
    O cacete foi pesado
    São Tomé levou um tranco
    Que ficou desacordado
    Acertaram um cocoroto
    Na careca de Timóteo
    Que inté hoje é aluado
    Inté mesmo São José
    Que não é de confusão
    Na ânsia de defender
    Seu filho de criação
    Aproveitou a garapa
    Prá dar um monte de tapa
    Na cara do bom ladrão
    A briga só terminou
    Quando o doutor delegado
    Interviu e separou
    Cada santo pro seu lado
    Desde que o mundo se fez
    Foi essa a primeira vez
    Que Jesus foi pro Xadrez
    Mas num foi crucificado

  20. Creio que apesar de “contribuir para um diálogo democrático” – como diria algum membro do governo – o tema se baseia numa expressão estereotipada de um grupo de pessoas que sofreram sim e que conseguiram aproveitar o máximo a desgraça para conseguir vantagens hoje. Por isso o que devemos nos perguntar apenas é: – Devemos continuar discutindo se os Judeus são os coitados do mundo?
    Acho que não.
    abraços.
    JMT

  21. Cara, não fosse pela Karina não ia saber nunca que se tratava de ironia. Não é só burrice, tá? É ignorância também.
    Nem precisa aprovar, pro povo não me apedrejar.

  22. Não acho que o filme seja anti-semita por colocar parte da culpa nos judeus, e sim por retratá-los como animais sedentos por um naco do pedaço de alcatra em que JC se transforma.

  23. No meio desta (tola) discussão, uma pérola se perdeu pelo caminho: voces não perceberam como uma palavra suave da Karina conseguiu enquadrar um raivoso Marco Aurélio e “amolecer” a sua retórica ??
    Isto é que é poder.

  24. Tudo Marco!!!!! ahahaha, se vc fosse solteiro e eu morasse aí te pediria em namoro ahahahaha, adoro seu humor negro!!! bjs, Aline (Campo Grande, MS)

  25. A palavra escrita depende muito do leitor e de sua imaginação, talvez por isso quando Mel Gibson as transforma em imagens, seguindo a risca o que está escrito (ou não, porque não vi o filme e nunca li a Bíblia no original, apenas em várias traduções), as pessoas se chocaram. Afinal, é diferente quando você lê que alguém foi espancando e quando você vê.
    Mas foram os judeus que escolheram Jesus para ser crucificado, todo mundo sabe, até quem não leu a Bíblia, porque essa história é tão batida quanto a de Adão e Eva.

  26. Sabe, o melhor comentário foi aquele do boquete no capeta…
    Imagino o que aconteceria se resolvessem filmar o Levíticos. Queria ver se alguém ia achar anti-semita as cerimônias de sacrifício, o modo como fatiam as oferendas ainda vivas… o Greenpeace “and friends” iria revirar os olhinhos…

  27. O cordel do fogo encantado foi o melhor momento da discussão. E eu também tou vendo a barra lateral abaixo dos posts. Mas sou ignóbil demais para te mandar o que vc pediu. Não sei fazer isso.

  28. Não entendo de Bíblia. O pouco que sei, aprendi pelas ironias do Millôr (A Verdadeira História do Paraíso), mas principalmente por Voltaire (Dicionário Filosófico).
    Tive paciência para ler o Gênesis. Mais nada.
    Não li nada do Novo Testamento, sobretudo porque sua maior parte foi escrita por Paulo (Saulo) de Tarso, um homem que não conheceu pessoalmente Jesus Cristo.
    Tenho uma pequena noção de história, e sei que havia razões mais do que suficientes para que os judeus-cristãos odiassem os judeus-judeus.
    Os evangelistas eram perseguidos pelos judeus-judeus. O próprio Paulo (ex-Saulo, ex-Narjara Tureta) era um dos que davam bica na bunda dos judeus-cristãos.
    Sem dúvida que todos eles eram judeus (valendo mencionar que Paulo tinha cidadania romana e apelou a ela na hora que o bambu quebrou no meio).
    Embora fossem judeus pela origem, os judeus-cristãos pregavam uma ideologia não somente divergente, mas principalmente CONTRÁRIA aos judeus-judeus.
    Os evangelhos não são anti-semitas, se lidos no contexto de antigamente.
    Mas aplicar a literalidade desses textos sem contextualizar a “briga” dantanho, sobretudo levando-se em conta fatores extratextuais (declarações do pai de Mel Gibson, a seita do próprio Melzinho, situação geopolítica atual etc), faz com que o filme tenha, sim, um viés anti-semita.
    Os Evangelos possuem um viés de crítica dura dos judeus-cristãos para com os judeus-judeus, e essa crítica lida agora, com os olhos de agora no contexto de agora, faz com que o filme – obviamente de agora – seja anti-semita.

  29. Hummm… imagino se o filme também não é anti-romano. Afinal foram os romanos que chicotearam o Cristo, curcificaram e depois caçaram os fiéis seguidores do Nazareno. Ah, e claro, mudaram de idéia depois e, quando viraram cristãos “de situação”, fizeram praticamente a mesma coisa com os “outros judeus”, aqueles judeus-judeus e qualquer outro que não seguisse a cartilha aprovada pelos poderes que valem (aqueles que mandam pra fogueira e depois espalham as cinzas).
    Triste ser membro da Igreja Apostólica Romana, não é? Como conviver com a culpa? E até hoje ostentam as cores e estandartes do Império, apenas com ligeiras alterações. Sai a águia, entra a cruz….

  30. Pronto, depois de dizerem que eu era o próprio marco agora resolvem se utilizar da minha porca alcunha, nada como a falta de criatividade brasileira, não se deixe enganar por qualquer um, se é bromco é bom, ou não… visitem essa minha parada aí, tem us desenhos meus e tal, curte lá, ou não…

  31. O que as pessoas teimam em fazer em qualquer discussão que envolva povos e etnias, é generalizar. “Os judeus mataram Jesus”, “os romanos o torturaram”! “Pau nos judeus, pau nos romanos!”. Porra, quando que as pessoas vão parar e pensar que sociedades e civilizações são feitas de inúmeras pessoas, cada uma diferente da outra. Não se pode culpar um povo por alguma coisa, mas sim alguns elementos. O filme não diz que o judeus mataram Jesus, mas que alguns elementos (tudo bem, a maioria, mas não todos), assim como não foram os alemães que mandaram os judeus pros guetos e consequentemente para os campos de concentração. Foram alguns (muitos) membros do partido nazista. Mas tinha muitos alemães que não tinham a mínima idéia do que acontecia em Auschwitz ou Treblinka. Não se pode condenar todos os alemães por fazerem isso, assim como não se pode condenar todos os judeus por matarem Jesus.

  32. sei que ninguém vai considerar meu comentario,
    mas a biblia tem um bocado de antisemitismo, os tais apostolos de Jesus que supostamente escreveram a biblia, eram seguidores de cristo que apesar de seguir a lei Judaica pregava uma outra doutrina e nessa outra doutrina que ele pregava e que foi alterada através dos tempos pois o cristianismo e a igreja católica sobreviveram na obscuridade por 2 séculos antes de se tronar a instituição poderosa que é hoje, agora você imagina, um bando de ex judeus ou não, por que ninguém sabe que levou adiante a igreja católica, com 2 séculos sobrevivendo como sociedade secreta e seus textos podendo ser alterados ou não de acordo com a vontade do guardador vou chamar assim eu queria escrever caretaker mas tudo bem, acho que já ficou grande e comoninguém liga mesmo fica assim mesmo

  33. filmes colocam em moda termos que parecem novos mas existem a milhares de anos…nunca vi tanto ignorante falando em anti-semitismo sem saber o q é isso!(lógico q naum aqui no blog ..pq isso aqui é demais…é brincadeira i teligente ..mas com recheio digamos assim )

  34. O mundo atual está tão maniqueista que estou confuso: serei um anti-semita ou não? Se vocês acharem que sim, devo ser um anti-semita, ligue 0300-9009901. Mas se acharem que gosto dos judeus, tenho simpatia, ligue 0300-9009902.
    À propósito, Marco, como você consegue conciliar sua carreira de analista, blogueiro e lateral do São Caetano (sob o pseudônimo de Anderson Lima)?

  35. Marco Aurélio, SEM DÚVIDA, voce é o Rei da Ironia. By the way, Ironia é um estilo literário? se não é deveria ser!
    Voce é muito bom nisso.

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