Deuteronômio – Introdução

O nome do quinto livro da Bíblia, e último do Pentateuco, deriva de duas palavras gregas: deuteros (“segundo”) e nomos (“lei”). Isso quer dizer que teremos mais leis? Não exatamente: teremos as mesmas leis vistas pela segunda vez. O Deuteronômio trata da compilação de uma série de discursos proferidos por Moisés às margens do Rio Jordão.
Está aí o truque do velho profeta para prolongar sua vida: resolveu reunir todo o povo e recontar tudo o que acontecera desde a saída do Sinai até aquele momento em que se preparavam para a tomada de Canaã. Além disso, não nos esqueçamos, ele ainda tinha seus cinco livros para escrever (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e o próprio Deuteronômio). Malandro demais esse Moisés…
O Deuteronômio assume grande importância em toda a Bíblia. No começo do reinado de Josias (800 anos depois da morte de Moisés), um pergaminho do Deuteronômio será convenientemente encontrado entre as ruínas do Templo de Jerusalém, dando ânimo ao povo para a obra da reconstrução. Acredita-se hoje que este livro, assim como todas aquelas histórias heróicas do Velho Testamento, tenha sido escrito nessa época como material de propaganda e motivação, utilizando como base escritos mais antigos e velhas lendas orais.
Séculos depois (1.300 anos depois de Moisés, na verdade), quando tentado pelo demônio, é a citações do Deuteronômio que Jesus Cristo vai recorrer para derrotar seu adversário.
Devido a seu caráter repetitivo, creio que minha releitura desse livro será rápida e indolor para vocês. Não sou doido de ficar repetindo todas aquelas leis e rituais. Vamos ver como me saio. Sentem-se, acomodem-se. Vamos ouvir o que Moisés tem a dizer.

6 comments

  1. Senhor, estou um tanto confuso. Achava de seguir teus conselhos para chegar ao Paraíso, mas vejo agora, talvez com os olhos do diabo, que estava enganado, tal as boiolices descritas sobre a fauna paulistana, recentemente vista em sua totalidade na parada do orgulho gay. Por favor, diga que estou enganado e me aponte a direção do Paraíso, aqui no Rio, na cama da Luma de Oliveira.

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