A fugacidade nos tempos da internet

Falei dia desses que as piadas perderam sua magia graças à internet. Hoje em dia, depois de espalhada por e-mail na velocidade da luz, uma piada torna-se velha em segundos.
Hoje percebi que essa tese se aplica a outros campos também. Por exemplo: segunda-feira, graças ao Tonon, ouvi pela primeira vez falar dos tais flash mobs. E hoje aconteceu o primeiro flash mob brasileiro. Só que não havia nada de inesperado nem de surpreendente nele: a notícia, espalhada pela internet, causou expectativa com relação ao evento. Uns e outros começaram a querer classificar essa brincadeira como manifestação poética dadaísta (eu só não mando esses intelectualóides irem tomar no cu porque não tô aqui pra agradar filho-da-puta nenhum). O que era para ser uma manifestação localizada e bem humorada tornou-se notícia e tese de desocupados ANTES de acontecer. Tristes tempos, estes nossos.

(não sabe que porra é flash mob? Pois vá se informar, vou explicar porra nenhuma aqui.)

27 comments

  1. A gente fica sabendo na segunda, que tem “Flash Mob” no próximo final de semana.
    Primeiro passo, saber que raio de porra é esse “Flash Mob”. Depois, ver o que alguém mais fala disso.
    Daí, aos poucos, sabemos que a coisa é uma empulhação, que é uma versão internética das antigas performances coletivas (ou “happenings”; precisaria de algum artista inútil para diferenciar).
    Resumindo, na quarta-feira já consideramos a idéia conservadora e obsoleta. Dias antes do lance acontecer.
    Pois é, Marco… Fugacidade é uma coisa. O negócio aqui parece que tá mais brabo.

  2. Flash Mob legal seria se toda a “Paulistada” invadisse o Rio de Janeiro e, sei lá, soltasse uma bufa. Ou o inverso com a “Cariocada” invadindo São Paulo. Ou ainda juntassem paulistas e cariocas e invadissem Minas ou Bahia. Ou ainda………..ah desencana, acho que viajei demais!!!!!!

  3. O lance já saiu no jornal do PH Amorim ontem a noite e no Estadão de hoje. Se o objetivo da coisa era criar exposição para algo, já conseguiram, e muito rápido.
    Agora, sem dúvida, se o objetivo foi ser novo e diferente, já fica difícil se se começa simplesmente imitando uma coisa que já foi feita em NY…

  4. O melhor (ou pior) foi ver a quantidade de teses acadêmicas que isso pode gerar na faculdade de filosofia da USP. Essa viadagem de flash mobs é bem coisa de babaca querendo bancar o intelectual. O melhor foi ver as pessoas classificando isso como uma manifestação artistica espontânea e depois entrevistarem o “coordenador”. Espontâneo bagaraleo!

  5. Que mané manifestação artística. Manifestação de cú é rola!
    Essa porra de Flash mobs é coisa de nego que quer sacanear ou fazer uma doideira que não se faz todo dia. Acho que todo mundo tem vontade de gritar no meio da rua com os braços levantados ou coisas afins, só que fazer sozinho é foda… Então quando um monte de gente cisma de endoidar fica mais fácil.
    Sei lá… acho que funciona assim.

  6. eu acho mesmo é que eles deveriam fazer algo tipo uma “flash donation”: todos na porta do banco Itaú, logo às 10 da manhã, depositando dinheiro na conta da Lilla.
    Pelo menos, para alguém seria útil.

  7. Nossa, Marco,
    Quando eu li fiquei viajando nessa porra de mobilização civil, desgoverno…mesmo que seja mais uma idéia clonada dos gringos, achei muito interessante. Só Deus sabe o que está por vir…vamos ver.

  8. porra! até então eu nem tinha ouvido falar flash mob, quando li isso aqui pela manhã não me interessei em saber o que era, e nem sentia falta disso. agora me pego procurando o que é essa porra, e pior, descubro que não me serve prá nada.

  9. oProfeTa!
    Todo esse lance de flash mob, sem dúvida, nos mostra a capacidade de mobilização que a internet nos oferece. Mas ainda falta uma mensagem de peso e atual, tipo asssim; JESUS VEM!! O FIM CHEGOU!! SEI LÁ, ENTENDE?! Rs…

  10. Batata, normalmente eu dIscordo das pessoas. DEscordar, é a primeira vez.

    Desculpa, mas dessa vez eu não ia ter argumentos pra encher teu saco, aí vc me presenteou com um erro. Viva o Batata o/

  11. Flash mob é uma das piores invenções do homem-bucéfalo!! Coisa de quem não tem o que fazer, não tem o que pensar. A uma porque as “manifestações” são feitas no meio da tarde; e em segundo lugar porque é uma porca invenção dos gringos, que neguinho paga-pau copia para dar uma de antenado.
    Coisa de mequetrefe, enfim!
    Abraços.

  12. Preparem-se, daqui a alguns dias todos receberão e-mails assim:
    “atenção! isso pode acontecer com você! fui convidada por e-mail para um flash mob e, quando cheguei ao lugar, que era completamente deserto, fui estuprada violentamente. Depois disso, fui abandonada à beira da marginal tietê, de onde tive que ir a pé até um posto policial” etc.

  13. concordo com o salame. é uma coisa muito imbecil sim, de gente que não tem o que fazer, mas é engraçado pra caralho (claro, até passar a moda e deixar de ser uma babaquice interessante).

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