Ainda sobre cinema

Citei três exemplos de filmes que o Pedro Bó chamaria de americanizados e me esqueci do mais americano de todos: o japonês O Chamado. Não fossem os olhos puxados dos personagens, a uma primeira olhada qualquer um diria tratar-se de produção hollywoodiana. Mas há aqui um fator que permite a comparação: O Chamado tem uma versão americana, que é em tudo fiel ao original. Daniel Limafalou nisso, com muito mais propriedade do que eu (é claro), mas me arrisco a dar meu pitaco: apesar de ser em tudo e por tudo um filme no mais puro estilo hollywoodiano, há algo de profundamente oriental que faz da versão japonesa um filme assustador e algo de indiscutivelmente ocidental que torna a versão americana apenas medíocre. Não me peçam para explicar, eu não conseguiria. Assistam aos dois filmes e vejam.
E pensando em O Chamado fui levado a divagações sobre como o Japão lida com a influência estrangeira. Devo estar errado, como sempre, mas eis o que concluí: enquanto nós vivemos com esse sentimento de culpa em relação à cultura estrangeira que consumimos, os japoneses não têm o mínimo pudor de absorver essas influências e devolverem-nas ao mundo nas mais diversas formas de releitura (ô palavra horrível da porra!), desde a cópia pura e simples até a mera paródia. Apesar disso, a cultura japonesa permanece intacta. Talvez isso tenha a ver com a fé no próprio taco: “Ah, então é essa a cultura deles? É legal, mas a nossa também é”. O futebol, por exemplo, tornou-se uma paixão por lá, graças em grande parte ao Zico. Jogadores de futebol são heróis nacionais. Assim como os lutadores de sumô, que não perderam seu espaço para os futebolistas (que sairiam no lucro: no espaço ocupado por um lutador de sumô cabe uma dúzia de jogadores de futebol).
Será essa a resposta? Será que os modernistas de 22 e os tropicalistas da década de 60 é que estavam certos? Que o negócio é a gente consumir cultura estrangeira sem culpa, confiando na força da nossa própria cultura? É claro que para isso seria necessário que conhecêssemos nossa cultura (todo mundo fala da música brasileira, mas só alguns a conhecem de verdade); mas será esse o vislumbre de um caminho?
Respondam, porra.

40 comments

  1. O Chamado japonês é bem filmado, tem lá suas qualidades, mas há algo nele (toque oriental) que o deixa parecendo um animê filmado. Todo mundo tem poderes mágicos, todo mundo acredita em maldição, surpestição, e tal… Eu assisti o filme esperando a hora em que o Pikachu, ou os Cavaleiros do Zodíaco iriam aparecer… Xintoísmo não me agrada…

  2. E ah, esqueci de falar: Pegar as coisas boas de outros povos é, sim, muito bom. É patriotismo barato (e muita ignorânica) querer preservar a “brasilidade”, contra toda e qualquer mudança. Mistura de culturas é o que há!

  3. A cultura japonesa nao permanece intacta, Marco Aurelio… Vivo no Japao ha 6 anos, e a cada dia noto o quanto esse pais absorve e ate (muitas vezes) substitui a propria cultura pela a americana…
    O filme ‘O Chamado’, que aqui tem o titulo ‘Ring'(‘ringu’,como é pronunciado pelos japoneses), ja deve estar no Ring XVI, por ai ou mais…é uma trilogia (me parece) que nao vai ter fim.

  4. Não, não é o caminho. O que me parece certo na “releitura” japonesa é a ausência de orgulho. Isso é muito bonito, mas as vezes é confundido com complexo de inferioridade daquele povo, como se eles quisessem ter nascido americanos. E pelo pouco que sei, a influência americana no Japão é puxada por dentro. Essa é a diferença crucial. Aqui e em muitos outros terceiro-mundos a tal da cultura americana é empurrada de fora pra dentro, ou goela a baixo, se preferirem.
    Não quero porém passar a impressão de que eu seja mais um babaca anti-americano. No fundo acho que, mesmo com o pau pequeno, eles confiam nas próprias qualidades mais do que nós. E um japones ligado as origens e a cultura de sua terra é muito bem visto, ao passo que um brasileiro “da raiz” é tido como um cara antiquado, ultrapassado, fora de moda; não pega bem sair por aí falando que não gosta de Metallica e de Hulk, entende ?..
    Inté,

  5. Marco,
    A cultura Japonesa tradicional, já é uma herança adaptada. Muitas das grandes lendas e histórias que formam a cultura japonesa, foram herdadas da cultura chinesa. Por incrível que pareça, apesar da grande diferença entre os dois povos (que não gostam muito um do outro) a grande mistura que foi a formação da cultura chinesa na época das grandes dinastias (misturando mongóis, indianos e outros povos menores de tribos da região) foi absorvida por quase toda aquela região do oriente (há muito mais tempo do que sonha nossa civilização tão recente) e adaptada pelos povos em suas regiões e países em formação (China, Córeia, Japão) depois de milhares de anos, é óbvio que estas culturas sejam diferentes, mas elas ainda guardam muitas semelhanças. E isso deixa claro como estes povos são capazes de assumir culturas diferentes (e consumi-las também) sem macular sua formação tradicional, uma coisa que nós ocidentais precisaremos de alguns milhares de anos para aprender. Nossa cultura, é muito boa (e também é uma mistura de muitas) mas o povo ainda tem que amadurecer muito até que consigamos esse patamar de podermos absorver a cultura alheia sem que alguém se sinta ofendido dentro do país.

  6. Lambonbroadway, nao sei exatamente em qtos capitulos anda essa ”novela”…Por curiosidade, neste FDS, vou dar uma passadinha na video-locadora pra conferir…Chutei alto, pq outro dia passei por la e vi uma prateleira enorme lotada de Ring, desde o primeiro até o XI que me lembre…

  7. Eu concordo que a absorção sem perda da fé no taco é a solução, mas, como bem disseram, o “anericanismo” aqui nos é empurrado goela abaixo. Quem não fala inglês é ignorante, quem não curte Metallica (ou qualquer outra coisa de lá) é out. E em compensação quem gosta de Paulinho da Viola ou Adoniram Barbosa é brega e tem mau gosto!
    Realmente falta muito pra que o nosso povo possa aprender a dar valor ao que vem daqui de dentro.

  8. Lambonbroadway, nao sei exatamente em qtos capitulos anda essa ”novela”…Por curiosidade, neste FDS, vou dar uma passadinha na video-locadora pra conferir…Chutei alto, pq outro dia passei por la e vi uma prateleira enorme e lotada de Ring, desde o primeiro até o XI,que me lembre…

  9. Eu já acho que os dois Chamados são duas cacas, com o japonês sendo levemente menos fedorento do que o americano.
    Agora, o lance “antropofágico” dos japoneses é realmente uma coisa admirável. Pra mim há coisas boas em quaisquer lugares (inclusive dentro dos EUA), e aproveitá-las e utilizá-las de maneira racional, como os nossos modernistas propuseram na década de 20, parece ser mesmo o caminho.
    Também percebi isso num outro filme japonês recente, o ótimo A VIAGEM DE CHIHIRO. Vale muito a pena ver.
    Ah, e se não me engano, Ringu tem uma prequel e uma continuação: Ringu 0 e Ringu 2. Não sabia que outros foram lançados.

  10. Ringu virou uma espécie de série em filmes, por lá, que nem James Bond…
    Mas eu continuo achando que Ringu é um animê filmado, e que deviam substituir a menina dos cabelos longos e camisola branca, pelo Pikachu com seus raios de luz que fizeram as criancinhas japas passar mal… Hehehe (auto-entretenimento mode)

  11. Será que eu sou o único que preferiu O Chamado à Ringu?
    Sim, eu tenho sérias restrições à cultura norte-americana. Mas Gore Verbinski (diretor de O Chamado) fez um trabalho muito bom, ampliando o suspense do filme original.

  12. nada a ver seu comentário marco, hideo nakata não tem nada de americanizado. não basta assitir um filme de um diretor e fazer disso uma conclusão. vc precisa saber mais sobre os j-horror.

  13. O Chamado é realmente péssimo…Eu o chamaria de medíocre mas não no sentido literal, e sim no usual. Quero ver o original japonês pra comparar. E quanto ao sentimento de culpa, acho que ele se restringe a pouquíssimas pessoas..A grande maioria consome o que vem de fora sem pudor e não está nem aí. Não quero soar hipócrita, mas realmente a gente não dá valor pra nossa cultura. Mudar isso seria quase impossível, mexer na mentalidade do ser humano é muito complicado…Basta ver o que o Diogo Mainardi, aquela anta apoplética, falou da festa do boi-bumbá…Uma pessoa que supostamente deveria ter algo de interessante pra dizer acabou espinafrando a cultura do país. Não sei se alguém leu essa coluna dele, mas foi de causar náuseas..
    Sempre entro aqui, mas nunca comentei. Pode ter certeza que entendemos o que vc quis dizer sobre Ringu ser mais assustador por ter algo de “profundamente oriental”.

  14. O lance é que os nacionalistas não sabem por onde começam. Vejam o caso da música: hoje é bonito dizer que Caetano Veloso e Gilberto Gil sejam do patrimônio nacional, e é em favor deles que se combate alguns estrangeirismos.
    Mas formam exatamente esses dois que tentaram abrir a cuca da rapaziada para a música gringa.
    Nessa época, defendia-se a bossa nova, o banquinho-e-violão, contra o que denominaram “americanização da música”.
    Mas o que é a bossa nova se não o jazz abrasileirado?
    Nosso nacionalismo, patético, está sempre defendendo algum estrangeirismo já consolidado, tentando evitar um novo estrangeirismo.
    Como sempre, perdem a batalha. E para um país cuja única cultura essencialmente original seja aquela produzida antes de Cabral chegar, estamos num lucro desgraçado.
    Que nunca ganhem esses supostos nacionalistinhas! Pelo bem do que, de fato, significa “cultura”.

  15. Ringu é uma lenda urbana famosa no Japão, por isso existe a seqüência (1, 2 e 0). Já existe em DVD pra alugar nas locadoras, eu recomendo. Existem até variações, como Ringu Virus (o monstro invade o computador – é, parece meio forçado), que é um filme coreano.
    Agora, eu realmente acredito que é possível e saudável absorvermos a cultura de outros países ao invés de nos fecharmos na nossa própria. Temos que ter auto-estima e acreditar na força da nossa cultura, que ela não sucumbirá à presença de outra cultura.

  16. Olha só, Eu acho que esse negócio de “americanizado” é algo um tanto que abstrato, se os caras produzem filmes de qualidade, com bom enredo (as vezes), por que não tomar isso como exemplo.
    quanto ao problema do brasileiro, isso se deve muito ao que vendemos lá fora, se vcs tiverem um pouco de memória, vão lembrar que no inicio do cinema nacional, faziamos muitas comedias, as tão famosas chanchadas, com Oscarito e cia, passamos também por uma faze bem parecida com o que passou os filmes suecos e alemães, com o Glauber Rocha, depois disso tudo, entramos em uma faze que fez com que perdessemos o enteresse pelo cinema nacional, com filmes com cenas de teor erótico, e o cinema nacional ficou com essa marca durante muito tempo, só mudou quando entrou em cena essa “nova geração” de diretores, com filmes como O Quatrilho, O Que é Isso Companheiro, Central do Brasil, e o mais recente O Homem que Copiava.
    tanto que por várias vezes estivemos bem cotados para concorrer ao Oscar, não levamos por azar, tá certo que filmes como A Vida é Bela é bem legal, mas pelo que parece a Academia de Cinema não dá premios aos filmes que não tenha uma conotação histórica, o que foi o caso do Central do Brasil, que perdeu para o Italiano “A Vida é Bela”, mas tudo bem, a academia tinha outros motivos, dificilmente ela iria premiar um filme extrangeiro como melhor filme, e o citado filme concorria nas duas categorias de melhor filme.
    Para Resumir tudo, o problema das produções cinematograficas pelo mundo se espelha nos produzidos por HOLLYWOOD…

  17. Tô com vc, Elvis… Eu achei O Chamado bem melhor… A cena do cavalo, a do celereiro, a do hospício… Muito mais profundo e “sério” que o Ringu, onde todo japinha tem poder mágico, e já ficam aterrorizados desde o primeiro segundo, sem tentar manter a calma, nem nadam o que seria o normal…
    Fora aquela cena dos baldes no Ringu, meu deus, pra quê aquilo? Bem melhor O Chamado…

  18. Mais tarde faço um comentário longo, pouco pertinente e chato, como os meus costumam ser. Agora vou bater um papo com uma amiga. De tira-gosto, uma citação:

    “Quando se rouba de um autor, chama-se plágio. Quando se rouba de muitos, chama-se pesquisa.”
    Wilson Mizner

  19. Não assisti a ambos os filmes, quero mais comentar sobre o contexto cultural:
    O problema não é o brasileiro confiar na sua cultura ou não, e sim essa globalização desenfreada, essa necessidade de absorção de informações que acaba por ofuscar nossa cultura em prol das outras… Sem contar que a “nossa” cultura eh um misto de outras muitas, e é algo relativamente novo, nosso pais tem 500 anos. A cultura japonesa, ou oriental em geral, tem mais de 5000 anos… acho que esta aí a diferença.

  20. Olha, conheço pouco sobre a cultura japonesa, mas isso q vc falou me parece bem pertinente. Não sei se aplica aos orientais, mas nós temos a mania de achar q estamos sendo americanizados, qdo o q acontece aqui é exatamente o q vc descreveu sobre os japoneses. Ao contrário do que muitos pensam, nossa cultura é muito rica e forte. Nós somos influenciados, sim. Mas temos o talento de pegar tudo q vem de fora e “abrasileirar”. Sempre com muito bom humor e categoria. É sério. Temos é que parar com esse medo bobo do que vem de fora. Se a tal da globalização existe, temos mais é que aprender a aproveitar suas vantagens. Querem saber? Nossa cultura é muito invejada lá fora! e muito copiada também. Pode ser que a grande maioria ache q somos apenas samba e bunda, mas tb o que a grande maioria sabe sobre os países da ex-URSS? Acho que os modernistas e tropicalistas estavam apenas profetizando o óbvio. Não é à toa que foram vanguardistas pra época.
    500 gramas de farinha
    200 gramas de açúcar
    2 ovos
    uma xícara de leite
    uma pitada de sal
    Só queria ver se vocês tinham chegado até aqui nesse comentário gigante!

  21. não – não – …. – talvez
    “no espaço ocupado por um lutador de sumô cabe uma dúzia de jogadores de futebol”, você num perde uma hein…..

  22. Alguém explica para o ieda pois acho que ele interpretou o post erroneamente…
    “…apesar de ser em tudo e por tudo um filme no mais puro estilo hollywoodiano, há algo de profundamente oriental que faz da versão japonesa um filme assustador e algo de indiscutivelmente ocidental que torna a versão americana apenas medíocre…”
    (ele entendeu isso ??)
    Ps:. Adorei a página

  23. Ah, eu tô com preguiça de ler os outros comentários então vou escrever o que eu pensei quando li o post sem saber se já foi dito.
    Todas as culturas são bacanas, todas merecem respeito e conhecer as outras não é necessariamente desmerecer a nossa. O problema é que ela acaba ficando meio esquecida lá no canto dela com esse turbilhão de coisinhas estrangeiras por aí e muita gente não chega a saber como ela é rica e interessante e que não perde em nada pras outras.
    Sim, o Brasil É uma Brastemp, obrigada.

  24. é a primeira vez que entro aki e axei o blog mto legas.
    bem, assisti aos dois filmes. assisti primeiro o americano e axei legal, pq, como um filme de terror, atendeu minhas expectativas: deu medo (apesar de haver mta coisa sem explicação no filme). depois assiti ao japones e axei q houve mto mais explicações (o americano inventou monte de coisa e num deu explicação pra nada). mas como um filme de terror, o japones foi fraquinho.
    logico q se for preu dizer qual eu + gostei vou dizer q foi do americano, pq deu bem mais medo, mas logico q o japones é bem melhor pela historia.
    sobre esse negocio de culturas, acredito q mtos brasileiros jah estão consientes q “antropofagismo” é bom sim, q aproveitar cultura externa (se for boa) é mto bom, para, assim, formar a nossa cultura brasileira. mas tb creio q há MTO MAIS brasileiros que, OU são doidos pela cultura externa e ignoram, sentem vergonha da cultura natal, OU axam q a cultura brasileira deve ser akela q não há interferencia de nenhuma outra cultura do mundo, ou seja, qual? pq ela não existe há mto e mto tempo… foi morta junto com os indios, ha 500 anos, e a dos negros jah eh africana.
    valeu, hein?!
    =)

  25. Tive a prova da alienação cultural do brasileiro no sábado ao ir assistir a um Concurso de Talentos do SESI. Um grupo iniciou sua apresentação ao som de atabaques; o ator entrou cantando em dialeto africano e contando uma história densa sobre sofrimento e escravidão. Há certas expressões que transcendem a dificuldade idiomática, a força do significado se sobressai e inunda nosso ser. É desta maneira que reagimos quando ouvimos uma ópera ou um bom Blues. Portanto, a dificuldade para com o idioma apresentado não seria motivo para maiores problemas e o brasileiro tem obrigação de conhecer simbolos básicos da cultura africana, pois o negro é um dos três povos que estão na origem da formação do povo brasileiro. A reação da platéia foi a pior possível – risinhos, piadas… – e saiu chamando a apresentação de “o despacho”. O público também não entendeu um fantástico esquete teatral com poesias de escritores do Modernismo Brasileiro, quando o espetáculo terminou ficou com aquela cara de “não entendi, mas aplaudi”. Portanto eles, júri popular, não tiveram critério para saber se os espetáculos foram bons ou não e elegeram como ganhador uma peça bem feita que provocara riso fácil e não exigira muito raciocínio.
    Creio que os Modernistas tinham razão. Antropofagia: aproveitar o presta e jogar o resto fora, mas para isso é preciso ter conhecimento.

  26. isabel, sábias palavras!
    “Antropofagia: aproveitar o presta e jogar o resto fora, mas para isso é preciso ter CONHECIMENTO.”

  27. Acho um pouco complicado esta questão de consumir cultura estrangeira sem culpa.
    O problema não é a culpa, o problema é a idéia de progresso (olha o Darwin aí… ou uma das interpretações sobre ele). No Ocidente, a compreensão que temos de cultura, de sociedades e até de nós mesmos, passa por uma noção de progresso e evolução inaugurada durante o século XVIII e consolidada a partir do século XIX. Somos ainda herdeiros desta tradição de pensamento que foi capaz de perceber uma cultura como um “estágio” de outra.
    A cultura, a filosofia e a compreensão da própria realidade dos orientais são alguma coisa quase incompreensiveis para nós ocidentais. Isso também sobre o modo como entendem a própria cultura.
    No entanto, os orientais não parecem compartilhar desta mesma tradição de pensamento.
    E nós ainda estamos num longo caminho para nos livrar dela. Dificil…

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