Encerrando o assunto (por hora)

Para quem diz que acredita em deus porque sente que ele existe: Às vezes, naquele período entre a vigília e o sono, sinto que estou caindo. Todo mundo sente isso. Acredita-se que essa sensação é herdada de nossos ancestrais remotos, cuja sobrevivência dependia em grande parte de manter um medo constante de cair da árvore, mesmo durante o sono. Há ocasiões em que ouvimos claramente alguém chamar nosso nome, mesmo que sozinhos no recinto. A não ser que sejamos extremamente crédulos, concluiremos que isso é o cérebro nos pregando peças. Convulsões originadas no lobo temporal podem fazer com que você sinta cheiros ou sabores estranhos, ou tenha uma persistente sensação de dejá-vu.
São apenas alguns exemplos de coisas que sentimos mas que não existem.

17 comments

  1. Eu evitei comentar o post anterior sobre Deus porque realmente acredito que cada um deve ter sua opinião sobre estes assuntos e cada um deve ter liberdade para interpretar o mundo ao seu redor de acordo com seu background cultural e social.
    Einstein disse, depois de desvendar parte dos mistérios da relatividade: “Não posso crer em um deus preocupado com minhas necessidades pessoais” (talvez nã com as palavras exatas, mas não decorei o texto)
    Astrofísicos nã sabem explicar o que havia antes do big bang. talvez essa força criadora de tudo possa ser chamada de deus, mas não creio que depois disso ele tenha interferido no que fez…
    Acho dificil também, acreditar que a mecanica de funcionamento da vida seja obra de coincidência, dada a quantidade de variáveis envolvidas. Por isso fico com Einstein, crendo numa divindade imparcial, inconsciente, inerte , imperceptível e desinteressada.
    mas, já que deus desistiu do blog, logo será esquecido por seus discipulos em breve.

  2. Seu Post sobre religião e ciência combinou com o meu, feito na mesma data, sobre Livre arbítrio e Onisciência. O legal é que você soube resumir em uma palavra o motivo, diante de tantos fatos empíricos, para que ainda se acredite em um ser superior: Inércia.
    E , lendo alguns comentários ao seu Post, acho que uma outra palavrina seria acomodação. Comodidade de ter um ser que alivie a “alma”, comodidade perante as dificuldades de ser um errante no campo da razão.
    Se puder ler o meu post, para depois discutirmos mais essas questões, fico agradecido. Porque, numa coisa eu concordo contigo: religião se discute, sim. Através dela, muitos sistemas políticos tiveram ascensão e queda, desde os povos da mesopotâmia até o infeliz do Bush.
    Um abraço !!!

  3. Isso tudo é muito complicado para ficar discutindo em um blog, ou por um sitema de comentários, cada um tem a sua ideia, sua percepção do que é ou deixa de ser um “deus”, mas no final de tudo todos sem excessões chegam as mesmas conclusões, não há respostas para certas perguntas…
    a questão dos sentimentos que vem do lobo parietal, frontal etc, é apenas uma forma que a ciencia encontrou para explicar o que muitos acreditam ser a tão comentada e discutida reencarnação, não estou querendo dizer que acredito ou deixo de acreditar que existe vida apos a morte, não estou querendo dizer que tais sentimentos como o dejá-vu, seja explicado desta forma, ou de outra qualquer, “o que eu sei é que nada sei, mas tenho uma certa desconfiança…”
    um certo dia coloquei um post no meu blog sobre uma coleção de livros que é realmente muito interessante, quem tiver oportunidade de ler esses livros vai encontrar algumas respostas ou até entender melhor essa controvérica entre religião e ciencia…
    A coleção é “Analize da inteligencia de Cristo – Algusto Jorge Cury”.

  4. Até futebol eu acho que se discute. Não discuto seu péssimo gosto tricolor, mas discuto se este ou aquele juiz apitou de forma correta, sobre a cartolagem e coisas assim. Da mesma forma acho q religião e política também se discutem. E acho q neste post vc tocou numa coisa essencial: os chamados feelings. Paulo diz em Coríntios q devemos apresentar um culto racional a Deus, ou seja, devemos nos aproximar dEle sem essa coisa de misturar os sentimentos. Pra mim, é como o ar. Muitas vezes eu não o sinto, mas sei q ele está a me rodear. Com Deus é a mesma coisa. Vivendo apenas de sentimentos nos tornamos fanáticos. Ou simplesmente fundamentalistas. Pq sentimos q é melhor assim do assado, pq sentimos q Deus me mandou fazer isso ou aquilo. Deus, pra mim, funciona como tudo na vida. Eu sei, racionalmente, q Ele está aqui.

  5. Perdi o relho há muito e não vou chicotear mas vou dar uns palpites porque hoje tô com a macaca. Faz uma semana que tô sem grana pra comprar a fluoxetina que é o genérico do meu Prozac.
    Vamos lá!O que sempre nos acontece é o seguinte: A gente não pode virar uma esquina que tem umas duas ou três igrejas com uns caras de terno querendo convencer você a ir pro céu ( pelo preço módico de 10% do seu salário) e quando eu lhes digo que não quero ir pro céu ficam escandalizados, no sentido mesmo da palavra, gaguejam, tropeçam, etc. e terminam com a abordagem dizendo: mas está escrito na Bíblia! Agora pergunto eu: como é que pode um livro – aliás, dezenas de livros – tão mal escritos e mal-traduzidos me orientarem para uma vida eterna que ninguém até agora provou que existe? Então, minha proposta é combater o ideário desses caras tentando desconverter os já convertidos, ou evitar que convertam mais, com armas – idéias – que convençam. Se o negócio deles é sempre demonstrar que certas condutas devem ser seguidas somente porque está escrito na Bíblia – e aí eles levam grande vantagem porque a maioria de nós brasileiros todos nascemos sob uma religião de influência judaica e aceitam o fato de a Bíblia ser um livro sagrado – (só me falta agora alguém me pichar de anti-semita) – temos que abordar pessoas e tentar convencê-las que aqueles livros são apenas leis antigas que foram escritas por sacerdotes porque, naquele tempo, além do fato de somente os sacerdotes saberem ler e escrever, eram eles também os dirigentes do povo, eram os que faziam as leis, eram juizes, eram reis, eram generais, eram aspones, eram funcionários públicos que só deveriam pertencer a uma só tribo com direitos adquiridos – como a história da previdência social é antiga, não? – … Enfim, eram uma elite política que para sobreviverem cobravam 1O% da renda de cada um. O que até eu acho justo posto que não cobravam mais nenhum imposto a não ser um cabrito a mais de vez em quando que podia até ser substituído por um bicho mais em conta como um pomba, uma rolinha. – Nós fáiz quarqué rôlo!
    Todos insistem em me dizer que a religião deles é a verdadeira porque são monoteístas mas ficam curiosos quando lhes digo que posso provar que todas as religiões judaico-cristãs são politeistas – o que para eles é pior que xingar a mãe.
    – Então vejamos: Digo-lhes eu.
    “- Pra começar vocês tem dois grandes deuses: o Titular e o Satanás. Depois você tem o filho do Titular que era carpinteiro”. Até aí já são três. -” Em seguida vêm os anjos que são legiões deles; ou você vai me dizer que não foram gerados a partir do Titular? Se sim, então, filho de Deus pra mim também é Deus. Dizem até que o Satanás era um anjão mais esperto – um marmanjo mesmo – que se rebelou. Ficou quentão, fedendo a enxofre, criou asas de morcego e ainda puseram nele um rabo que termina em uma ponta de âncora. Virou um pobre diabo. Ah, não esquecer também dos outros pobres diabos, os capetinhas, que são também muitos e ficam a infernizar as pessoas falando grosso nos programas de televisão. Arghh….
    Bertrand Russel já escrevia que não via nenhuma diferença entre os deuses cristãos e os deuses gregos do Olimpo. Todos muito família, com filhos, mulheres, escravos, e tinham ainda inveja, raiva, dor, etc…
    Se você acha que o que eles pregam tem como base alguns livros que de sagrados não tem nada, eu sugiro que – sempre que se tiver oportunidade – rejeitar isto. Se nossa constituição dá a todos a liberdade de ter um culto religioso, está implícito que também nos dá a liberdade de não sermos religiosos e, pour cause, (um pouco de erudição impressiona) – ça va sans dire – a liberdade de convencer outras pessoas de que Deus não existe. A nossa constituição não afirma que Deus existe; só pede para ninguém encher o saco de quem acredita. Se bem que Sarney achou que não era bem assim e brigou e esperneou o quanto pôde – e venceu – para colocar no nosso dinheiro a expressão ” Deus seja louvado “. Arghh… de novo!

  6. Mas quem foi que falou que sentir que deus existe é a sensação de cair no sono? Ou ter um dejá-vu? Ou um trote do cérebro. Aliás, tá tudo na mente. Mente, não cérebro.
    Sua mente acredita que Deus existe, você sente Deus. Sua mente não acredita que Deus existe, você não sente Deus. Sacô?

  7. Marco,
    Eu pensei em comentar aqui, mas acho que vc ficaria nervoso, pois escreveria demais (he, he, he!!). Decidi postar a respeito e inclusive fiz referência ao seu blog e um de seus comentários. Espero que não se incomode com isso. Se quiser ver o que escrevi, acesse http://www.atrasdaorelha.blogspot.com.
    Tenho uma visão um pouco diferente da sua, mas não quero lhe convencer a pensar como eu. também acho que você tem bons argumentos. É só para por mais lenha na fogueira…
    Um abraço!

  8. Sensação de cair? Ouvir vozes em plena solidão? Sensações organolépticas vindas do nada? Dejá-vu constante?
    Cara, fica esperto! Você precisa de ajuda profissional URGENTE!!! No teu caso, até o SUDS paga…

  9. Marco, acho que você está cometendo um erro que eu considero imperdoável, você está fazendo o mesmo que os fanáticos religiosos fazem. Eu sou ateu, mas eu não fico tentando dizer aos outros os motivos que me levaram a não possuir uma crença. O que você tem feito é tentar convencer as pessoas que não existe um ser superior, através de pesquisas que não estão comprovadas. Apesar de eu não acreditar em um ser superior, nunca tentei fazer com que outras pessoas aceitassem minha opinião. Você sabe muito bem que o ser humano possui livre-arbítrio, e é de seu direito acreditar em algo que não há provas, assim como pode-se não acreditar, ficando a cargo de cada um crer ou não em um deus.

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